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segunda-feira, 27 de junho de 2011

... Aos Poetas ...


Perco-me nos poetas…
De palavras que vem do fundo da alma,
Poetas que escrevem palavras, palavras que sabem onde chegar…
Eles poetas sabem onde as levam.
Eles o vento, o momento, o aqui, o agora …
O que é um poeta?
Como o conseguem?
Não acredito que as palavras sejam como os números,
em que dois mais dois são um mero quatro…
Não, não é nem pode ser assim.
Questiono-me tanta vez como é que se juntam palavras e se faz poesia,
olho por vezes as palavras e são palavras que não conheço,
de sentires tão diversos, sentires que no fundo, são o sentir de cada “mundo”,
envolto num mundo, que é o de todos nós.
E sinto-as muita das vezes como se minhas fossem,
como se aquele mundo, aquele sentir fosse eu, no eu, em mim …
Muita das vezes olho a multidão, por detrás dos óculos de sol,
assim eu olho e vejo o mundo,
quando o mundo não me vê ou possivelmente sou eu que não me vejo ou revejo, nele.
Admirável é o mundo dos Poetas que escrevem e se entregam á arte de bem escrever, de bem sentir.
O que se passa com mundo?
Que se passa com as pessoas, como é que há tantos poetas perdidos que criam e recriam o seu sentir através das palavras que nunca serão ditas ou lidas…porquê?
Inventada, reinventada a dor o amar de um Poeta …
Muitos não entendo e não faço por isso,
muitos não me tocam e depois há os que pelo simples olhar de uma palavra,
escrita dizem tanto.
O que é ser poeta?
É ser mais alto…será?
Será…um sim, ou um talvez não…
Saboreio palavras como tantas vezes faço,
saboreio com a companhia do piano.
Não sei da lua, nem sequer a vejo hoje, mas e se a visse, sairia um poema?
Não, não faço poemas, deixo isso para os Poetas...
Eles sim tem o condão, a plena sabedoria de saber transformar um nada num todo.
Quantos poetas haverá perdidos por aí??

Maria

Este post apesar de ter lido diversos blogs, há duas pessoas que me tocam particularmente.
Uma delas quase não valia a pena dizê-lo, mas mesmo assim, aqui vai.
Admiração, para com aquele que para mim é e será sempre o Poeta...
Que leio vai para perto de 6 anos e é sempre uma leitura,
refrescante, renovadora, inspiradora.

Ao Juda do Sal da Nossa Pele,
http://osaldanossapele2.blogspot.com/

E a um jovem Pensador, que entendo como Poeta,
com uma escrita repleta de emoção, "leveza" de espirito, frescura,
envolta num quê de "fantasia", terrena.

Paulo Silva do Blog Um Sentimento Perdido,
http://placedopaulo.blogspot.com/

Beijo n´oteudoceolhar.

domingo, 26 de junho de 2011

... Fecho a caixa de Pandora ...


...
Mais uma vez a abro, e mais uma vez a fecho, aqui e "ali" será um assunto "enterrado".
...
O sol há muito que se foi, depois de um dia de calor infernal, de praia com uma água, de me fazer deixar estar e ali ficar (como sempre acontece), chego a casa, e o barulho confunde-me.
Deixo os sobrinhos, a tratarem do seu banho, depois de eu ter tratado do banho do "petit".
Refugio-me no terraço, onde o escuro permanece "serrado", onde nem os prédios vizinhos me incomodam, porque simplesmente não fazem sentido ali estar.
Abro a água e o quente do corpo confunde-se com o frio da água, espécie de "gelo" que me arrefece e alerta o corpo para tudo o que se passou neste dia.
Fria, fria como uma pedra de gelo...sou eu.
Pelo inicio da tarde recebo uma mensagem, com "pesudo-ordens" de um onde, a que horas, um "pseudo-ultimato".
Estar onde me é "mandado" estar, e se não estivesse, acontecia e fazia.
Mas por alma de quem?
Por quem me tomam?
Quem querem manipular?
Quem querem julgar?
A MIM...
Eu que de pedra e cal me mantive durante 11 anos ... tropeçando, caindo, levantando-me e caindo de novo.
A MIM...
Que amei incondicionalmente e que recebi em troca as "migalhas",
que me eram atiradas...
Santa?
Nunca jamais ... que atire a primeira pedra quem nunca pecou, e eu comecei logo por pecar ao amar, quem um dia me fez acreditar que se ama para a vida ... ILUSÃO.
Dura o tempo que tem de durar, resiste ao que tiver que resistir, toma as formas que tiver de tomar, seja como for...fiz e dei o que tive de dar.
Mas hoje apenas me resta agradecer a forma como fui humilhada, a forma “simples” como alguém se vê livre de um “fardo” que nunca soube carregar, nem teve coragem para tal…
Ainda assim sofrendo, chorando, tropeçando e tendo a tentação de cair de novo, pensando mil e uma vezes ... BASTA!
Fria...
Dão-me um ultimato, de quase 2 horas e pouco mais, invade-me uma raiva, um ódio que me toma, e em menos de meia hora, EU, apareco, porque EU nunca tive de me esconder...EU fui escondida.
Eu mando em mim, nas minhas acções e actos, e hoje BASTA.
Jamais.
Se fui amada, ou não, creio que neste momento, neste estado de alma, nem sequer isso me importa…importa o maior bem que me foi “dado” e por quem lutarei até morrer, e a quem devo o meu AMOR esse sim mais INCONDICIONAL, que é o de MÃE.
Consegui friamente dizer o que apenas queria escrever, mas consegui, porque ninguém seria capaz de o fazer senão EU.
"- Espero que consigas dormir em paz, e com a cabeça bem assente no travesseiro, desejo que sejas muito feliz, porque EU acredita, vou lutar para recuperar, os 11 anos que "perdi"...Porque te amei de forma incondicional, mas hoje já não te amo".
FIM...
Eu sou muito EU...um dia esta mesma pessoa disse "quando um dia descobrires o valor que tens ninguém te agarra...", como já aqui disse ... DESCOBRI.
Só mas em paz comigo e em paz, com o mundo… e quando não estiver, darei contas como sempre fiz, apenas e só a mim (e aos meus).
Maria

Beijo n´oteudoceolhar
(Esta música é apenas e só uma música de que gosto e o significado qe tinha há uma semana atrás já não é o mesmo que tem hoje...a foto, basta olhar, quem a souber intrepretar vê-me Hoje, e no amanhã)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

..."As Palavras que nunca te direi" ...




(Ver, sentir ... e no fim ouvir a música sublime. Diz-me muito como tal...para mim é mesmo sublime)

 
"To all The Ships at Sea ..."
Esta é uma das frases que me ficou na mente...
não apenas a frase, mas todo o "episódio" que a rodeia.
Barcos, marés...gente, gente sob o olhar e a caneta, de quem escreve,
vê e entende de forma diferente as gentes...
Faz tempo que os livros deste autor não fazem parte das minhas prateleiras...
Acreditei, no que via o "imaginário"...
Transportava-me algures por cenas de filmes de Happy (ou sad), Ending...
Eu sou aquela que atira a garrafa, eu sou aquela que apanha a garrafa...
eu apenas sou sob forma incontornável as "Palavras que nunca te direi".
Há palavras que não se dizem, simples...
Havendo sempre mil e uma maneiras de as dizer.
Há palavras que jamais voltarei a dizer, num nunca digas nunca.
A crença, descrente de que um dia tudo aquilo em que acreditei,
seja apenas e só a verdade…
Hoje dir-te-ia, soletrada por letra e letrinhas conjugadas, numa palavra...
Num olhar, num silêncio onde tudo estaria apenas e só escrito...
sob o olhar atento da verdade...A minha!"

Maria

Beijo n´oteudoceolhar




 
 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

... Sob o Sol da Meia-Noite ...



Ora tendo a mente a milhas de distância,
como é que se consegue estar a olhar um ecrã e trabalhar?
Batem as 17 horas e pouco mais…
Faz-se tarde, muito tarde.
O telefone toca.
-Tia?
-Sim.
Tia, sou eu … ainda que a meio de uma “sesta” , nem sei bem quem está do outro lado mas tia definitivamente sou eu.
-Estás onde?
-A tia está no barco.
-Vês parece que adivinhava.
A minha “modelita” foi buscar a tia, vaidosa como só ela passear-se pela cidade com o carro do pai.
Companhia o “guitarrista” e “personal trainer” de serviço.
Personal Trainer ?? Medo!
“são lágrimas senhor, são lágrimas…”
Não, são mesmo dores de pernas.
-Tia o treino esta semana vai ser diferente.
-Mau Maria…pior?
-Sim tia bem pior.
Tou feita! Não me safo…
Bem ... “treino” menos stress…vamos a treinos.
Não é todos os dias que se “treina” no lentejo. Muito biggest loser …très chic!
Malas e mais malas.
Jipe ... “and it the road Jack”.
Fica tudo para trás, tudo…tudo está como e onde deveria estar.
E eu estou a mil daqui para fora.
A brisa ainda se faz sentir, sopra quente, á medida que os kilometros vão passando sente-se a diferença…Álcacer.
Vou eu embrenhada em sons e no que fica para trás bem como o que está pela frente,
quando o “abençoado” sobrinho,
não só me quer “triturar” nos treinos como me corta o pensamento
 com o som…som ??
-Mega quê?
Socorro … Megadeath???
-Tal e qual Júlio Iglesias!
E desatam-se a rir.
Fala-se em salto qualitativo e os sons são alucinantes.
Primeiro decide dedicar o “som” dos “super-morte???”, ao pai,
como o “som” seguinte é dedicado á tia.
Mais uma vez medo!
-tia vê lá se conheces este som, este é para ti.
-Se conheço o som?
Dá-me mortos vivos e eu te digo, despeço-te como treinador.
-Vais ver que gostas.
Guns n´roses – Sweet Child of Mine (ko! Ao primeiro round).
Passam-me pela mente imagens, e um pensamento "onde é que já ouvi isto?".
Kilometro a kilometro, e está quase, quase…tão quase que lhe sinto o “cheiro”.
Mar…
Por entre curvas e contra curvas, pela serra, música agora em coro, Bom Jovi.
Sweet 80´s…música é música.
Que a lua está deslumbrante, sem dúvida que está.
Quente, quente.
Portão, o John pára o jipe e faz-se luz.
Água.
- espera aí que vou só dar uma ajuda e já te conto com quantas braçadas se faz uma piscina.
Tick! Tack! Maria á piscina.
Vida!
Ganha-se vida, sai de mim um dia de stress, uma semana, um mês…e outro e mais outro.
Vida renovada em cada braçada.
A fotógrafa está “out”.
Em absuluto…passo a minha vida (máquina), á "modelita" que trata bem da mesma e faz o gosto ao dedo…
Ela chega lá.
Soube-me pela vida.
Água quente, e cá fora um frio bem típico deste meu Alentejo.
-vê lá se te constipas!
Diz o Jonh.
Alguma vez eu com água á minha frente e voltava costas?
Bem sob o encanto do "sol" da meia-noite (pouco mais), deixo a paz e volto á realidade.
O “guitarrista” e o “baixo” andam ao despique.
Em acordes…e a Maria pega na “vida” e tira mais umas fotos aos rapazes.
Próxima partida?
Cama.
Por hoje chega, amanhã vou ver-te, e contar-te tudo, tudo…
Não! Não te vou contar tudo poque de mim já tu sabes tudo.
Em ti apenas me quero “afogar”.
Amanhã eu e TU … Mar.

Maria
Beijo n´oteudoceolhar

(p.s: estrela da noite "personal trainer", "guitarrista" de serviço...
Pronto a "tiazinha" já meteu o rapaz no Tube, 5 minutos de fama...agora dá aos dedinhos.
http://www.youtube.com/watch?v=FLIt69aGy0U
http://www.youtube.com/watch?v=Py0h7MBxemc
http://www.youtube.com/watch?v=pNPEg-2DTmo

 

... De braços abertos ...




Eu vou, de braços abertos, abraçar o "mundo", o Meu...
Mas volto de braços abertos, para "abraçar" de novo o mundo...
Renovar energias, respirar, sentir, amar, amar-te a TI Meu Mar.
Preciso de ir, levar-me a ver o mar...
Mas eu volto...

Maria

 
Beijo ´n´oteudoceolhar



quarta-feira, 15 de junho de 2011

... Ao sabor do Vento ...


O Sol começa a pedir “cama”…
O final do dia avizinha-se, está na hora de "bater em retirada", óculos, música...
Depois de um dia de calor – pelo menos é o que dizem os termómetros
 – rua e uma brisa…ar.
Depois de uma “clausura” a que graças ao sr. do céu somos submetidos no abençoado trabalho.
Ar, rua...
Faz-se tarde, muito tarde.
Quero respirar e não consigo…ar.
Óculos, música, e avenida abaixo.
Correr não esteve ao meu alcance, as horas são exigidas,
e a chefe quase merece o seu peso em ouro…
O vento corre, corre…
O vento ou eu …?
Ando ao sabor do vento, ao sabor do som que ele nos trás, fecho os olhos tão depressa e saboreio o piano, como tão depressa os abro e fujo algures pelo - Meet Me Half Way, dos Black Eyed Peas .
Qual salto qualitativo, ainda tá tudo muito velho, pastas e pastas de musicas e ainda não tive tempo de mudar, tiram-se umas colocam-se outras…e do nada, Maria parada no Marquês a tentar desvendar o maravilhoso mundo do seu MP4.
- onde raio se levanta o som?
Não vale a pena perder o ritmo, parar também não é aconselhável…siga.
Avenida abaixo.
Continuo a não conseguir respirar, nem sequer olho o que vai á minha volta, confunde-se por vezes a música com os carros.
-tá a olhar porquê?
Detesto que me “olhem”.
Sigo.
Rosa e Teixeira fica para trás, a Furla, Vuitom, vai ficando tudo para trás, mas mesmo assim nunca mais chego ao fim…mas ando, caminho a passos largos...
O sol de chapa numa parede branca, faz-me olhar, hei-la a minha sombra, hei-lo o cabelo comprido, sempre sonhei deixar crescer o cabelo para o poder sentir esvoaçar ao vento…sensação de liberdade.
- Tá quase …
Falta o quase.
As esplanadas estão cheias…crise?
Mercedes que me fazem virar a cara, carros topo de gama, e até um Hummer preto.
Questiono-me se é usual uma mulher gostar tanto de carros…gosto.
A avenida parece não ter fim e o casaco já vai desabetuado, a brisa fresca dá lugar a um “calorinho”.
Restauradores.
-o restaurante está cheio, entende-se a facturação anual.
Olho e não vejo ninguém conhecido, por isso nem vale a pena abrandar.
Vips, luzes, câmaras, passadeira vermelha, deduzo que seja alguma inauguração.
Penso de mim para mim, como um dia quis tudo aquilo, que está para trás nas palavras e agora nada disto faz sentido.
Como o ser humano é estranho.
Poder, dinheiro, marcas, superioridade…quero, posso e mando. Sim também eu um dia pensei que iria ser assim.
Hoje pouco me diz…
O tenor canta:
“Due occhi brillanti, profondi come il mare, incantano come sirene,
Hanno stregato il mio cuore e vuole solo te
Tu sei la mia splendida luna e illuminerai per sempre il mio mare…”
Salva-me o piano, tudo oco, absolutamente oco.
Num ápice “Eternity-orbital mix”.
- Que raio de misturas que aqui andam?
Finalmente “luz”.
Água, ar, Água.
Desço a rua a “mil”.
Finalmente o cais das colunas “por mares dantes nunca navegados…”,
tudo amplo, finalmente ar…paz.
Edward Maya – Stereo Love … lindo.
Páro olho o rio, a outra margem, e fecho os olhos, deixo-me estar assim.
Deixo-me estar apenas a sentir a brisa, o cheiro da maresia…água.
Sexta-feira está tão longe e as malas já estão feitas.
Levo-me a ver o mar…levo-me amanhã
como, me levo hoje e sempre que o corpo pede.
Água.
-chega.
Abro os olhos, o piano trás-me de volta, quando por norma costuma ser ao contrário…e lá está o tenor.. “Hemos sidos heridos antes los dos,o quizás hemos muerto y resucitado.
Será que la esperanza aun vive aquí,o tal vez hoy la suerte está de nuestro lado.”
A luz está ali, tão perto tão longe…
Já é quarta feira, está quase, quase…
Por hoje despeço-me da multidão.
E fujo para o outro lado, este cansa-me tanto, mas faz-me tanta falta.
E nem de propósito, acabo de ler o que escrevi e…
Rihanna, Roussian Roulette:
“And you can see my heart beating
You can see it through my chest
And I'm terrified but I'm not leaving
I Know that I must pass this test…
But it's too late too think of the value of my life…
Say a prayer to yourself
He says close your eyes
Sometimes it helps
And then I get a scary thought
That he's here means he's never lost
But it's too late too think of the value of my life…"

Não não é … nunca é tarde, sendo, por isso uma noite de sono de certeza e com toda a certeza me fará bem. Amanhã a multidão volta a estar toda no mesmo sitio.
E eu sendo não sou nem faço parte dela.


Maria


Beijo n´oteudoceolhar

terça-feira, 14 de junho de 2011

... Diz o ditado "faz o que eu digo..."




Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.
Mais Fácil dizer que fazer...
Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.
Frequenta, de preferência, amigos alegres.
Onde andam...?
"perdi-os", mas eles não me perderam e acabam por voltar...é o que me vale.
Os de "baixo astral" põem-te em baixo.
Muito...até eu a eles, quando ando de baixo "astral".
Continua aprendendo...
Todos os dias ...
Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixes o teu cérebro desocupado.
Filmes faço muitos...
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Vá de retro satanás ...
Aprecia coisas simples.
A cada dia que passa...procuro cada vez mais o "simples", entenda-se como se quiser...
Ri sempre, muito e alto.
Mais e mais ...queria.
Ri até perder o fôlego.
Como?Quando? Onde?
Lágrimas acontecem.
Em demasia...e cada vez menos...
Aguenta, sofre e segue em frente.
Há outro Remédio??
Há VIVER.
A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Quem sou Eu?
Mantém-te vivo, enquanto vives!
Rodeia-te daquilo de que gostas:
Família, animais, lembranças, músicas, plantas, um hobby, o que for.
Maquina fotográfica, Delta, um piano de fundo e o som do Mar ...
O teu lar é o teu refúgio.
Refugiava-me no Mar...
Aproveita a tua saúde;
Se for boa, preserva-a.
Se está instável, melhora-a.
Quisto Adeus, mãos e dedos "sedados" (vivam as drogas...ou não)
Se está abaixo desse nível, pede ajuda.
Sempre, não nego uma mão...ou duas. Agora as minhas...
Não faças viagens de remorso.
Prefiro passar á frente ...
Viaja para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faças
viagens ao passado.
Como? Quando? Onde?
Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as
oportunidades.
Amanhã porque hoje já se foram deitar...moi é mesmo a única alma sem sono...
E lembra-te sempre que:
A vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos momentos
Em que perdeste o fôlego:
De tanto rir...
De surpresa...
De êxtase...
De felicidade...
Resumindo: "O amanhã será um novo dia...e ninguém o viu"

Pablo Picasso
Recebi do meu irmão este mail ...
E sim também recebi da Lacorrlha...as minhas desculpas Lacorrilha,
andei a ver os teus mails e está lá...perdoa. 
 O que está a Azul tem  o "dedo" de Maria.
Até já...volto.
Beijo n´oteudoceolhar

sábado, 11 de junho de 2011

... Jamais ...




Jamais voltarei a duvidar de mim…
Quando cair levantar-me-ei,
Quando duvidarem de mim…duvidarei eu primeiro,
Duvidarei eu primeiro, atirarei eu a primeira pedra,
lembrar-me-ei de tudo pelo que passei,
lembrar-me-ei que me levantei.
Jogarei um xadrez de peças sem xeque ao rei nem á rainha,
Peças de pessoas que se movem e me movem,
Pessoas que acreditam e me levam a acreditar que de facto eu sou alguém.

E sou...
Não irei duvidar mais de mim, mesmo no dia em que cair…

(Março 2011)
 
 
Maria.
 
 
Beijo n´oteudoceolhar

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

... Valham-me os Santos do Altar ...


Três dias seguidos…
O primeiro vamos, na dúvida
- xi isso vai doer.
- que mau aspecto.
Mas que raio? Mas tá tudo doido ou quê?
Já há uns dias que sentia ali na nuca um alto, mas daí a pegar num espelho e ver o que lá estava e que andava a causar tamanha impressão…
Até a Lena
-ai como tu tens isso, ai tens de ir mostrar!
Segundo dia, vamos a MEDO, ao terceiro?
PANICO.
Vamos desanuviar de um dia de trabalho …
Nada como pegar na nossa melhor amiga (materialmente falando), e fazer o caminho todo a pé até ao centro de saúde.
Click atrás de click sob o olhar atento do yanni, assim só mesmo para variar, e ajudar a desanuviar.
O vento sabia mais do que bem…tudo no seu devido lugar, fazia anos que não olhava tudo ao meu redor, tudo numa espécie de abandono, assumidamente ao abandono, na verdade …
Um, dois, um dois … Maria à terra.
Um sopro.
Uma senha.
E chamam Maria.
Medo.
- a senhora não precisa de ter medo, a colega já me passou a informação toda e eu prometo que não faço doer.
A senhora? Doer?
Deitadinha numa cadeira que mais parecia que me iam fazer uma massagem…terra de novo.
Medo.
-olhe agora vai sentir, assim um frio como se estivesse no Alaska
Onde? Como? Quando?
É que nem vale a pena questionar a dor, acho que o céu ficou mais do que estrelado.
Que dor, que dor mais aguda, e nisto o “anjinho”.
- dói muito?
Eu com vontade de dizer á srª enfermeira para ir ver se estava a chover.
- dói mas faça o que tem a fazer, não se preocupe eu aguento.
Aguento?
-só um bocadinho, sim…
Mais um sopro, e se o Alaska for assim frio como eu estou quente vou ali e já venho… literalmente assim.
O suor “nascia” na testa, e mais um sopro.
Nisto fez-se luz na cabeça daquele “anjinho”…e chama a auxiliar.
- olha pegas no spray (entenda-se gelo do Alaska), e quando eu tiver para cortar, ao mesmo tempo deitas o spray?
Quando estiver a quê???
Valha-me nossa senhora da Boa Viagem, da Boa Hora, das horas pequenas grandes, dos minutos e segundos.
Ok, dor?
O que é isso?
Abençoada, é que assim que o spray é “lançado”, e num ápice (ou n estivesse deitada de cabeça para baixo), é “inalado” (bem no Alaska ou onde quer que seja, quem inventou aquilo com toda a certeza tem o meu voto)…Quantos “copos” terei bebido sem saber?
É que nem senti as pernas, dei em rir, e qual corte, nem isso senti…até que o efeito passa.
E aí que me valham todos os santinhos do altar novamente…dói mas se dói.
Abençoado seja o amigo do peito que me desejou isto.
Um dois, um dois…Maria terra.
-Encosta-te senão vais mesmo por terra…
Penso de mim para mim, enquanto vou para casa, que sensação mais estranha.
Mas para que não estranhe muito e como não há duas sem três amanhã á mesma hora no mesmo sitio.
E depois…logo se vê…Se tenho de fazer uma pequena, pequenita cirurgia para remover aquilo que ao que parece é um kisto.
Maria
Beijo n´oteudoceolhar

terça-feira, 7 de junho de 2011

... Serão ...



Ele há lá serão melhor do que um serão, na cama acompanhada por um
 "princepesinho", a ver o Ruca e um livro que nos leva a tentar aprender?
Mesmo que por vezes lá venha um "mãe, mãe que é aquilo que o Ruca tá a fazer?"
Hora de improviso e de tomar alguma atenção ao Ruca, como tal...
o aprender, não é fácil.
Será que algum dia alguém me disse que ser mãe era fácil e eu acreditei?
Se assim é, esse alguém tava redondamente enganado.
Não está porém enganada a minha pessoa quando, que mesmo pelo meio de "tempestades," tem a certeza absoluta de que ser mãe, é o melhor da vida...


Maria.

oteudoceolhar

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

... Hasta Siempre Júlio...


A vida é aquilo que é...
Mentalmente já tinha escrito um texto para colocar, mas...(e como em tudo na vida há sempre um mas).
Hoje quando a Lena me ligou, disse "olha meti a gravar o Julio, tava a dar no jornal da tarde"
Nada demais ... Google it e RTP que se faz tarde.

Instala-se em mim um silêncio, e uns olhos "pregados" àquela imagem ..."aquele é o meu Julio?"
Rebobinando...
Sexta
Telefone
- a que horas te vou buscar?
-como é que sabias que te ia ligar.
-ora amanhã não é o concerto?
Amanhã é o concerto, 3 anos depois do último, último que eu dizia ser.
Que eu dizia que nunca mais o iria ver...
Considerei não ir ao último concerto, que segundo parece seria agora...uma coisa é certa nunca devemos dizer nunca.
Considerei não ir, para ir nem eu sei bem onde.
Mas considerei deixar de fazer algo que tanto gosto e por quem tenho tanta admiração...considerei.
Hoje agradeço ás "minhas" mulheres, agradeço a possibilidade de ter ido.
E agradeço a mim por ir ...
Desta vez o lugar não era suposto ser na plateia, não valia a pena.
Dirá quem ler e quem me conhece..."então mas afinal não gosta tanto a plateia é mais perto"
Lá está, há três anos, fotografei a pouco mais de 1 metro, olhei, e fixei cada ruga, cada olhar, cada passo dado com dificuldade ... fixei memorizei tudo, e hoje ainda me recordo de tudo isso.
Desta vez, o importante era assistir ao último concerto.
Não devemos dizer nunca ...
O dia começou, com chuva, correr para deixar a casa em ordem, sair e passear um pouco com o Tom, e depois ir trabalhar até ás 20, e correr para o Pavilhão Atlântico.
O céu em Lisboa parecia querer desabar, em água e trovoada, só me queria escapar daquele tempo e sentar-me á secretária...pensava "tou para ver se o avião não pode aterrar na portela".
Aterrou e eu "aterrei" no pavilhão Atlântico ás 21:40, levar um dia a correr e no fim, só soprava por todos os lados...estava como habitualmente uma "pilha" de nervos.
Ainda o Júlio não sonhava entrar em palco e a loucura cá fora era total ...gente de todas as idades, literalmente assim. Não eram só os "cotas", miúdas de vinte e poucos anos, trintas e por aí afora...
Instala-se a escuridão, e dá-se inicio ao concerto.
Lindo de ver, milhares de pessoas, a cantarem as musicas do José Cid, de cor, toda aquela gente sabia as letras das musicas... depois nova escuridão...
Perguntem-me o que aconteceu.
Não vale a pela de cabecinha erguida e sem vergonha de encarar o último dos meus ídolos do alto dos seus 67 anos, dos 300 milhões de discos vendidos, dos discos de ouro, platina e diamante, o artista que mais vendeu até hoje. Milhares de concertos por 27 países, falando 14 línguas.
Não tenho vergonha alguma...na escuridão, ainda bem antes chorava “copiosamente”, nada como um concerto para limpar a alma...e eis. Júlio entra ... loucura total.
Tudo de pé, tudo a bater palmas, de arrepiar, para quem gosta de espectáculos desta dimensão...eu confesso que adoro, sentir o calor humano, as palmas a emoção entre o artista e o seu público.
Mas eu olho, o meu ídolo... e dói-me a alma.
No trabalho, as "minhas" mulheres perguntavam se o concerto foi bom...
-querem que responda a verdade ou finja?
Fica tudo em stand-bay ...
-não foi um concerto bom, mas foi o concerto.
Rebobinando novamente.
-Meu Portugal querido, de tantos e tantos anos, de tanta tanta vida...
E eu choro ... o Júlio entra e mal consegue andar, encosta-se á coluna, e canta encostado ...doi.
É um misto de emoção, porque começa como uma das músicas que mais gosto "Quijote", e eu vejo-o tão frágil.
Desengane-se quem pensa ser eterno, quem pensa que vive para todo o sempre, pleno de sapiência e juventude, pleno da ilusão do estar só ... vejo tanto enquanto choro e vejo tanto enquanto o olho.
Mas Amei cada minuto, e Amei cada segundo...
Ternura de um "papa" como ele diz, que pela primeira vez leva ao palco dois dos seus três rapazinhos mais novos ... e eu chamei pela Miranda.
Acredito piamente naquele ar de paz, vestidos todos de branco em Punta Cana, acredito piamente naquele amor.
No aeroporto de Jacarta dizia Julio após ver Miranda passar "aquela mulher ainda vai ser minha", e 20 anos já se passaram e estão juntos... "no me importa lo que dicen las gentes..."
Um rei, ainda com trono que é hoje como será amanhã ETERNO...
Não voltará a haver um cantor (ou se quiserem encantador), como este, impossível. As gerações são demasiado "fúteis" e “básicas” para saber cantar (e até viver), o amor daquela forma.
Sentadinha no meu lugar vi tudo, vi que mais uma vez podia ter levado a maquina (levei mas não a minha), via os "canhões" passarem lá em baixo e pensava "caramba devia ter trazido a minha máquina, que raiva". Mas ficou a dormir em casa ... e ficou muito bem, porque hoje depois de ter visto a entrevista nos 30 minutos da RTP, e ficado chocada literalmente...prefiro ficar com a imagem que tinha.
Imagem de 2 concertos no Restelo, imagem de uma ida ao Herman Sic, onde ele me mandou um beijo, de uma ida a Portalegre sob uma noite fantástica de uma Lua cheia, onde ele olhou para mim, piscou o olho lançou-me um beijo e disse "eres guapissima". Imagem de um concerto no pavilhão Alântico grávida de 3 meses, tendo o bilhete há mais de 6 meses, não sonhando na altura que á data do concerto iria acompanhada. E deste concerto, que me satisfez quanto baste para continuar fã incondicional, para continuar a ter momentos em que só a música dele faz sentido ouvir, e pausas em que se vai ouvindo um pouco de tudo.

O Júlio Iglesias será sempre o Júlio Iglesias ....ÚNICO.
Hasta siempre, hombre... porque lá vida sigue igual.
Maria
 Nunca tinha "carregado videos no Youtube, se quiserem estão por lá dois de 2007, e os deste ano ...
Se ouvirem alguém aos gritos e suspiros, era a vizinha do lado (cof!cof!))

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

... Aos Poetas ...


Perco-me nos poetas…
De palavras que vem do fundo da alma,
Poetas que escrevem palavras, palavras que sabem onde chegar…
Eles poetas sabem onde as levam.
Eles o vento, o momento, o aqui, o agora …
O que é um poeta?
Como o conseguem?
Não acredito que as palavras sejam como os números,
em que dois mais dois são um mero quatro…
Não, não é nem pode ser assim.
Questiono-me tanta vez como é que se juntam palavras e se faz poesia,
olho por vezes as palavras e são palavras que não conheço,
de sentires tão diversos, sentires que no fundo, são o sentir de cada “mundo”,
envolto num mundo, que é o de todos nós.
E sinto-as muita das vezes como se minhas fossem,
como se aquele mundo, aquele sentir fosse eu, no eu, em mim …
Muita das vezes olho a multidão, por detrás dos óculos de sol,
assim eu olho e vejo o mundo,
quando o mundo não me vê ou possivelmente sou eu que não me vejo ou revejo, nele.
Admirável é o mundo dos Poetas que escrevem e se entregam á arte de bem escrever, de bem sentir.
O que se passa com mundo?
Que se passa com as pessoas, como é que há tantos poetas perdidos que criam e recriam o seu sentir através das palavras que nunca serão ditas ou lidas…porquê?
Inventada, reinventada a dor o amar de um Poeta …
Muitos não entendo e não faço por isso,
muitos não me tocam e depois há os que pelo simples olhar de uma palavra,
escrita dizem tanto.
O que é ser poeta?
É ser mais alto…será?
Será…um sim, ou um talvez não…
Saboreio palavras como tantas vezes faço,
saboreio com a companhia do piano.
Não sei da lua, nem sequer a vejo hoje, mas e se a visse, sairia um poema?
Não, não faço poemas, deixo isso para os Poetas...
Eles sim tem o condão, a plena sabedoria de saber transformar um nada num todo.
Quantos poetas haverá perdidos por aí??

Maria

Este post apesar de ter lido diversos blogs, há duas pessoas que me tocam particularmente.
Uma delas quase não valia a pena dizê-lo, mas mesmo assim, aqui vai.
Admiração, para com aquele que para mim é e será sempre o Poeta...
Que leio vai para perto de 6 anos e é sempre uma leitura,
refrescante, renovadora, inspiradora.

Ao Juda do Sal da Nossa Pele,
http://osaldanossapele2.blogspot.com/

E a um jovem Pensador, que entendo como Poeta,
com uma escrita repleta de emoção, "leveza" de espirito, frescura,
envolta num quê de "fantasia", terrena.

Paulo Silva do Blog Um Sentimento Perdido,
http://placedopaulo.blogspot.com/

Beijo n´oteudoceolhar.

domingo, 26 de junho de 2011

... Fecho a caixa de Pandora ...


...
Mais uma vez a abro, e mais uma vez a fecho, aqui e "ali" será um assunto "enterrado".
...
O sol há muito que se foi, depois de um dia de calor infernal, de praia com uma água, de me fazer deixar estar e ali ficar (como sempre acontece), chego a casa, e o barulho confunde-me.
Deixo os sobrinhos, a tratarem do seu banho, depois de eu ter tratado do banho do "petit".
Refugio-me no terraço, onde o escuro permanece "serrado", onde nem os prédios vizinhos me incomodam, porque simplesmente não fazem sentido ali estar.
Abro a água e o quente do corpo confunde-se com o frio da água, espécie de "gelo" que me arrefece e alerta o corpo para tudo o que se passou neste dia.
Fria, fria como uma pedra de gelo...sou eu.
Pelo inicio da tarde recebo uma mensagem, com "pesudo-ordens" de um onde, a que horas, um "pseudo-ultimato".
Estar onde me é "mandado" estar, e se não estivesse, acontecia e fazia.
Mas por alma de quem?
Por quem me tomam?
Quem querem manipular?
Quem querem julgar?
A MIM...
Eu que de pedra e cal me mantive durante 11 anos ... tropeçando, caindo, levantando-me e caindo de novo.
A MIM...
Que amei incondicionalmente e que recebi em troca as "migalhas",
que me eram atiradas...
Santa?
Nunca jamais ... que atire a primeira pedra quem nunca pecou, e eu comecei logo por pecar ao amar, quem um dia me fez acreditar que se ama para a vida ... ILUSÃO.
Dura o tempo que tem de durar, resiste ao que tiver que resistir, toma as formas que tiver de tomar, seja como for...fiz e dei o que tive de dar.
Mas hoje apenas me resta agradecer a forma como fui humilhada, a forma “simples” como alguém se vê livre de um “fardo” que nunca soube carregar, nem teve coragem para tal…
Ainda assim sofrendo, chorando, tropeçando e tendo a tentação de cair de novo, pensando mil e uma vezes ... BASTA!
Fria...
Dão-me um ultimato, de quase 2 horas e pouco mais, invade-me uma raiva, um ódio que me toma, e em menos de meia hora, EU, apareco, porque EU nunca tive de me esconder...EU fui escondida.
Eu mando em mim, nas minhas acções e actos, e hoje BASTA.
Jamais.
Se fui amada, ou não, creio que neste momento, neste estado de alma, nem sequer isso me importa…importa o maior bem que me foi “dado” e por quem lutarei até morrer, e a quem devo o meu AMOR esse sim mais INCONDICIONAL, que é o de MÃE.
Consegui friamente dizer o que apenas queria escrever, mas consegui, porque ninguém seria capaz de o fazer senão EU.
"- Espero que consigas dormir em paz, e com a cabeça bem assente no travesseiro, desejo que sejas muito feliz, porque EU acredita, vou lutar para recuperar, os 11 anos que "perdi"...Porque te amei de forma incondicional, mas hoje já não te amo".
FIM...
Eu sou muito EU...um dia esta mesma pessoa disse "quando um dia descobrires o valor que tens ninguém te agarra...", como já aqui disse ... DESCOBRI.
Só mas em paz comigo e em paz, com o mundo… e quando não estiver, darei contas como sempre fiz, apenas e só a mim (e aos meus).
Maria

Beijo n´oteudoceolhar
(Esta música é apenas e só uma música de que gosto e o significado qe tinha há uma semana atrás já não é o mesmo que tem hoje...a foto, basta olhar, quem a souber intrepretar vê-me Hoje, e no amanhã)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

..."As Palavras que nunca te direi" ...




(Ver, sentir ... e no fim ouvir a música sublime. Diz-me muito como tal...para mim é mesmo sublime)

 
"To all The Ships at Sea ..."
Esta é uma das frases que me ficou na mente...
não apenas a frase, mas todo o "episódio" que a rodeia.
Barcos, marés...gente, gente sob o olhar e a caneta, de quem escreve,
vê e entende de forma diferente as gentes...
Faz tempo que os livros deste autor não fazem parte das minhas prateleiras...
Acreditei, no que via o "imaginário"...
Transportava-me algures por cenas de filmes de Happy (ou sad), Ending...
Eu sou aquela que atira a garrafa, eu sou aquela que apanha a garrafa...
eu apenas sou sob forma incontornável as "Palavras que nunca te direi".
Há palavras que não se dizem, simples...
Havendo sempre mil e uma maneiras de as dizer.
Há palavras que jamais voltarei a dizer, num nunca digas nunca.
A crença, descrente de que um dia tudo aquilo em que acreditei,
seja apenas e só a verdade…
Hoje dir-te-ia, soletrada por letra e letrinhas conjugadas, numa palavra...
Num olhar, num silêncio onde tudo estaria apenas e só escrito...
sob o olhar atento da verdade...A minha!"

Maria

Beijo n´oteudoceolhar




 
 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

... Sob o Sol da Meia-Noite ...



Ora tendo a mente a milhas de distância,
como é que se consegue estar a olhar um ecrã e trabalhar?
Batem as 17 horas e pouco mais…
Faz-se tarde, muito tarde.
O telefone toca.
-Tia?
-Sim.
Tia, sou eu … ainda que a meio de uma “sesta” , nem sei bem quem está do outro lado mas tia definitivamente sou eu.
-Estás onde?
-A tia está no barco.
-Vês parece que adivinhava.
A minha “modelita” foi buscar a tia, vaidosa como só ela passear-se pela cidade com o carro do pai.
Companhia o “guitarrista” e “personal trainer” de serviço.
Personal Trainer ?? Medo!
“são lágrimas senhor, são lágrimas…”
Não, são mesmo dores de pernas.
-Tia o treino esta semana vai ser diferente.
-Mau Maria…pior?
-Sim tia bem pior.
Tou feita! Não me safo…
Bem ... “treino” menos stress…vamos a treinos.
Não é todos os dias que se “treina” no lentejo. Muito biggest loser …très chic!
Malas e mais malas.
Jipe ... “and it the road Jack”.
Fica tudo para trás, tudo…tudo está como e onde deveria estar.
E eu estou a mil daqui para fora.
A brisa ainda se faz sentir, sopra quente, á medida que os kilometros vão passando sente-se a diferença…Álcacer.
Vou eu embrenhada em sons e no que fica para trás bem como o que está pela frente,
quando o “abençoado” sobrinho,
não só me quer “triturar” nos treinos como me corta o pensamento
 com o som…som ??
-Mega quê?
Socorro … Megadeath???
-Tal e qual Júlio Iglesias!
E desatam-se a rir.
Fala-se em salto qualitativo e os sons são alucinantes.
Primeiro decide dedicar o “som” dos “super-morte???”, ao pai,
como o “som” seguinte é dedicado á tia.
Mais uma vez medo!
-tia vê lá se conheces este som, este é para ti.
-Se conheço o som?
Dá-me mortos vivos e eu te digo, despeço-te como treinador.
-Vais ver que gostas.
Guns n´roses – Sweet Child of Mine (ko! Ao primeiro round).
Passam-me pela mente imagens, e um pensamento "onde é que já ouvi isto?".
Kilometro a kilometro, e está quase, quase…tão quase que lhe sinto o “cheiro”.
Mar…
Por entre curvas e contra curvas, pela serra, música agora em coro, Bom Jovi.
Sweet 80´s…música é música.
Que a lua está deslumbrante, sem dúvida que está.
Quente, quente.
Portão, o John pára o jipe e faz-se luz.
Água.
- espera aí que vou só dar uma ajuda e já te conto com quantas braçadas se faz uma piscina.
Tick! Tack! Maria á piscina.
Vida!
Ganha-se vida, sai de mim um dia de stress, uma semana, um mês…e outro e mais outro.
Vida renovada em cada braçada.
A fotógrafa está “out”.
Em absuluto…passo a minha vida (máquina), á "modelita" que trata bem da mesma e faz o gosto ao dedo…
Ela chega lá.
Soube-me pela vida.
Água quente, e cá fora um frio bem típico deste meu Alentejo.
-vê lá se te constipas!
Diz o Jonh.
Alguma vez eu com água á minha frente e voltava costas?
Bem sob o encanto do "sol" da meia-noite (pouco mais), deixo a paz e volto á realidade.
O “guitarrista” e o “baixo” andam ao despique.
Em acordes…e a Maria pega na “vida” e tira mais umas fotos aos rapazes.
Próxima partida?
Cama.
Por hoje chega, amanhã vou ver-te, e contar-te tudo, tudo…
Não! Não te vou contar tudo poque de mim já tu sabes tudo.
Em ti apenas me quero “afogar”.
Amanhã eu e TU … Mar.

Maria
Beijo n´oteudoceolhar

(p.s: estrela da noite "personal trainer", "guitarrista" de serviço...
Pronto a "tiazinha" já meteu o rapaz no Tube, 5 minutos de fama...agora dá aos dedinhos.
http://www.youtube.com/watch?v=FLIt69aGy0U
http://www.youtube.com/watch?v=Py0h7MBxemc
http://www.youtube.com/watch?v=pNPEg-2DTmo

 

... De braços abertos ...




Eu vou, de braços abertos, abraçar o "mundo", o Meu...
Mas volto de braços abertos, para "abraçar" de novo o mundo...
Renovar energias, respirar, sentir, amar, amar-te a TI Meu Mar.
Preciso de ir, levar-me a ver o mar...
Mas eu volto...

Maria

 
Beijo ´n´oteudoceolhar



quarta-feira, 15 de junho de 2011

... Ao sabor do Vento ...


O Sol começa a pedir “cama”…
O final do dia avizinha-se, está na hora de "bater em retirada", óculos, música...
Depois de um dia de calor – pelo menos é o que dizem os termómetros
 – rua e uma brisa…ar.
Depois de uma “clausura” a que graças ao sr. do céu somos submetidos no abençoado trabalho.
Ar, rua...
Faz-se tarde, muito tarde.
Quero respirar e não consigo…ar.
Óculos, música, e avenida abaixo.
Correr não esteve ao meu alcance, as horas são exigidas,
e a chefe quase merece o seu peso em ouro…
O vento corre, corre…
O vento ou eu …?
Ando ao sabor do vento, ao sabor do som que ele nos trás, fecho os olhos tão depressa e saboreio o piano, como tão depressa os abro e fujo algures pelo - Meet Me Half Way, dos Black Eyed Peas .
Qual salto qualitativo, ainda tá tudo muito velho, pastas e pastas de musicas e ainda não tive tempo de mudar, tiram-se umas colocam-se outras…e do nada, Maria parada no Marquês a tentar desvendar o maravilhoso mundo do seu MP4.
- onde raio se levanta o som?
Não vale a pena perder o ritmo, parar também não é aconselhável…siga.
Avenida abaixo.
Continuo a não conseguir respirar, nem sequer olho o que vai á minha volta, confunde-se por vezes a música com os carros.
-tá a olhar porquê?
Detesto que me “olhem”.
Sigo.
Rosa e Teixeira fica para trás, a Furla, Vuitom, vai ficando tudo para trás, mas mesmo assim nunca mais chego ao fim…mas ando, caminho a passos largos...
O sol de chapa numa parede branca, faz-me olhar, hei-la a minha sombra, hei-lo o cabelo comprido, sempre sonhei deixar crescer o cabelo para o poder sentir esvoaçar ao vento…sensação de liberdade.
- Tá quase …
Falta o quase.
As esplanadas estão cheias…crise?
Mercedes que me fazem virar a cara, carros topo de gama, e até um Hummer preto.
Questiono-me se é usual uma mulher gostar tanto de carros…gosto.
A avenida parece não ter fim e o casaco já vai desabetuado, a brisa fresca dá lugar a um “calorinho”.
Restauradores.
-o restaurante está cheio, entende-se a facturação anual.
Olho e não vejo ninguém conhecido, por isso nem vale a pena abrandar.
Vips, luzes, câmaras, passadeira vermelha, deduzo que seja alguma inauguração.
Penso de mim para mim, como um dia quis tudo aquilo, que está para trás nas palavras e agora nada disto faz sentido.
Como o ser humano é estranho.
Poder, dinheiro, marcas, superioridade…quero, posso e mando. Sim também eu um dia pensei que iria ser assim.
Hoje pouco me diz…
O tenor canta:
“Due occhi brillanti, profondi come il mare, incantano come sirene,
Hanno stregato il mio cuore e vuole solo te
Tu sei la mia splendida luna e illuminerai per sempre il mio mare…”
Salva-me o piano, tudo oco, absolutamente oco.
Num ápice “Eternity-orbital mix”.
- Que raio de misturas que aqui andam?
Finalmente “luz”.
Água, ar, Água.
Desço a rua a “mil”.
Finalmente o cais das colunas “por mares dantes nunca navegados…”,
tudo amplo, finalmente ar…paz.
Edward Maya – Stereo Love … lindo.
Páro olho o rio, a outra margem, e fecho os olhos, deixo-me estar assim.
Deixo-me estar apenas a sentir a brisa, o cheiro da maresia…água.
Sexta-feira está tão longe e as malas já estão feitas.
Levo-me a ver o mar…levo-me amanhã
como, me levo hoje e sempre que o corpo pede.
Água.
-chega.
Abro os olhos, o piano trás-me de volta, quando por norma costuma ser ao contrário…e lá está o tenor.. “Hemos sidos heridos antes los dos,o quizás hemos muerto y resucitado.
Será que la esperanza aun vive aquí,o tal vez hoy la suerte está de nuestro lado.”
A luz está ali, tão perto tão longe…
Já é quarta feira, está quase, quase…
Por hoje despeço-me da multidão.
E fujo para o outro lado, este cansa-me tanto, mas faz-me tanta falta.
E nem de propósito, acabo de ler o que escrevi e…
Rihanna, Roussian Roulette:
“And you can see my heart beating
You can see it through my chest
And I'm terrified but I'm not leaving
I Know that I must pass this test…
But it's too late too think of the value of my life…
Say a prayer to yourself
He says close your eyes
Sometimes it helps
And then I get a scary thought
That he's here means he's never lost
But it's too late too think of the value of my life…"

Não não é … nunca é tarde, sendo, por isso uma noite de sono de certeza e com toda a certeza me fará bem. Amanhã a multidão volta a estar toda no mesmo sitio.
E eu sendo não sou nem faço parte dela.


Maria


Beijo n´oteudoceolhar

terça-feira, 14 de junho de 2011

... Diz o ditado "faz o que eu digo..."




Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.
Mais Fácil dizer que fazer...
Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.
Frequenta, de preferência, amigos alegres.
Onde andam...?
"perdi-os", mas eles não me perderam e acabam por voltar...é o que me vale.
Os de "baixo astral" põem-te em baixo.
Muito...até eu a eles, quando ando de baixo "astral".
Continua aprendendo...
Todos os dias ...
Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixes o teu cérebro desocupado.
Filmes faço muitos...
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Vá de retro satanás ...
Aprecia coisas simples.
A cada dia que passa...procuro cada vez mais o "simples", entenda-se como se quiser...
Ri sempre, muito e alto.
Mais e mais ...queria.
Ri até perder o fôlego.
Como?Quando? Onde?
Lágrimas acontecem.
Em demasia...e cada vez menos...
Aguenta, sofre e segue em frente.
Há outro Remédio??
Há VIVER.
A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Quem sou Eu?
Mantém-te vivo, enquanto vives!
Rodeia-te daquilo de que gostas:
Família, animais, lembranças, músicas, plantas, um hobby, o que for.
Maquina fotográfica, Delta, um piano de fundo e o som do Mar ...
O teu lar é o teu refúgio.
Refugiava-me no Mar...
Aproveita a tua saúde;
Se for boa, preserva-a.
Se está instável, melhora-a.
Quisto Adeus, mãos e dedos "sedados" (vivam as drogas...ou não)
Se está abaixo desse nível, pede ajuda.
Sempre, não nego uma mão...ou duas. Agora as minhas...
Não faças viagens de remorso.
Prefiro passar á frente ...
Viaja para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faças
viagens ao passado.
Como? Quando? Onde?
Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as
oportunidades.
Amanhã porque hoje já se foram deitar...moi é mesmo a única alma sem sono...
E lembra-te sempre que:
A vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos momentos
Em que perdeste o fôlego:
De tanto rir...
De surpresa...
De êxtase...
De felicidade...
Resumindo: "O amanhã será um novo dia...e ninguém o viu"

Pablo Picasso
Recebi do meu irmão este mail ...
E sim também recebi da Lacorrlha...as minhas desculpas Lacorrilha,
andei a ver os teus mails e está lá...perdoa. 
 O que está a Azul tem  o "dedo" de Maria.
Até já...volto.
Beijo n´oteudoceolhar

sábado, 11 de junho de 2011

... Jamais ...




Jamais voltarei a duvidar de mim…
Quando cair levantar-me-ei,
Quando duvidarem de mim…duvidarei eu primeiro,
Duvidarei eu primeiro, atirarei eu a primeira pedra,
lembrar-me-ei de tudo pelo que passei,
lembrar-me-ei que me levantei.
Jogarei um xadrez de peças sem xeque ao rei nem á rainha,
Peças de pessoas que se movem e me movem,
Pessoas que acreditam e me levam a acreditar que de facto eu sou alguém.

E sou...
Não irei duvidar mais de mim, mesmo no dia em que cair…

(Março 2011)
 
 
Maria.
 
 
Beijo n´oteudoceolhar

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

... Valham-me os Santos do Altar ...


Três dias seguidos…
O primeiro vamos, na dúvida
- xi isso vai doer.
- que mau aspecto.
Mas que raio? Mas tá tudo doido ou quê?
Já há uns dias que sentia ali na nuca um alto, mas daí a pegar num espelho e ver o que lá estava e que andava a causar tamanha impressão…
Até a Lena
-ai como tu tens isso, ai tens de ir mostrar!
Segundo dia, vamos a MEDO, ao terceiro?
PANICO.
Vamos desanuviar de um dia de trabalho …
Nada como pegar na nossa melhor amiga (materialmente falando), e fazer o caminho todo a pé até ao centro de saúde.
Click atrás de click sob o olhar atento do yanni, assim só mesmo para variar, e ajudar a desanuviar.
O vento sabia mais do que bem…tudo no seu devido lugar, fazia anos que não olhava tudo ao meu redor, tudo numa espécie de abandono, assumidamente ao abandono, na verdade …
Um, dois, um dois … Maria à terra.
Um sopro.
Uma senha.
E chamam Maria.
Medo.
- a senhora não precisa de ter medo, a colega já me passou a informação toda e eu prometo que não faço doer.
A senhora? Doer?
Deitadinha numa cadeira que mais parecia que me iam fazer uma massagem…terra de novo.
Medo.
-olhe agora vai sentir, assim um frio como se estivesse no Alaska
Onde? Como? Quando?
É que nem vale a pena questionar a dor, acho que o céu ficou mais do que estrelado.
Que dor, que dor mais aguda, e nisto o “anjinho”.
- dói muito?
Eu com vontade de dizer á srª enfermeira para ir ver se estava a chover.
- dói mas faça o que tem a fazer, não se preocupe eu aguento.
Aguento?
-só um bocadinho, sim…
Mais um sopro, e se o Alaska for assim frio como eu estou quente vou ali e já venho… literalmente assim.
O suor “nascia” na testa, e mais um sopro.
Nisto fez-se luz na cabeça daquele “anjinho”…e chama a auxiliar.
- olha pegas no spray (entenda-se gelo do Alaska), e quando eu tiver para cortar, ao mesmo tempo deitas o spray?
Quando estiver a quê???
Valha-me nossa senhora da Boa Viagem, da Boa Hora, das horas pequenas grandes, dos minutos e segundos.
Ok, dor?
O que é isso?
Abençoada, é que assim que o spray é “lançado”, e num ápice (ou n estivesse deitada de cabeça para baixo), é “inalado” (bem no Alaska ou onde quer que seja, quem inventou aquilo com toda a certeza tem o meu voto)…Quantos “copos” terei bebido sem saber?
É que nem senti as pernas, dei em rir, e qual corte, nem isso senti…até que o efeito passa.
E aí que me valham todos os santinhos do altar novamente…dói mas se dói.
Abençoado seja o amigo do peito que me desejou isto.
Um dois, um dois…Maria terra.
-Encosta-te senão vais mesmo por terra…
Penso de mim para mim, enquanto vou para casa, que sensação mais estranha.
Mas para que não estranhe muito e como não há duas sem três amanhã á mesma hora no mesmo sitio.
E depois…logo se vê…Se tenho de fazer uma pequena, pequenita cirurgia para remover aquilo que ao que parece é um kisto.
Maria
Beijo n´oteudoceolhar

terça-feira, 7 de junho de 2011

... Serão ...



Ele há lá serão melhor do que um serão, na cama acompanhada por um
 "princepesinho", a ver o Ruca e um livro que nos leva a tentar aprender?
Mesmo que por vezes lá venha um "mãe, mãe que é aquilo que o Ruca tá a fazer?"
Hora de improviso e de tomar alguma atenção ao Ruca, como tal...
o aprender, não é fácil.
Será que algum dia alguém me disse que ser mãe era fácil e eu acreditei?
Se assim é, esse alguém tava redondamente enganado.
Não está porém enganada a minha pessoa quando, que mesmo pelo meio de "tempestades," tem a certeza absoluta de que ser mãe, é o melhor da vida...


Maria.

oteudoceolhar

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

... Hasta Siempre Júlio...


A vida é aquilo que é...
Mentalmente já tinha escrito um texto para colocar, mas...(e como em tudo na vida há sempre um mas).
Hoje quando a Lena me ligou, disse "olha meti a gravar o Julio, tava a dar no jornal da tarde"
Nada demais ... Google it e RTP que se faz tarde.

Instala-se em mim um silêncio, e uns olhos "pregados" àquela imagem ..."aquele é o meu Julio?"
Rebobinando...
Sexta
Telefone
- a que horas te vou buscar?
-como é que sabias que te ia ligar.
-ora amanhã não é o concerto?
Amanhã é o concerto, 3 anos depois do último, último que eu dizia ser.
Que eu dizia que nunca mais o iria ver...
Considerei não ir ao último concerto, que segundo parece seria agora...uma coisa é certa nunca devemos dizer nunca.
Considerei não ir, para ir nem eu sei bem onde.
Mas considerei deixar de fazer algo que tanto gosto e por quem tenho tanta admiração...considerei.
Hoje agradeço ás "minhas" mulheres, agradeço a possibilidade de ter ido.
E agradeço a mim por ir ...
Desta vez o lugar não era suposto ser na plateia, não valia a pena.
Dirá quem ler e quem me conhece..."então mas afinal não gosta tanto a plateia é mais perto"
Lá está, há três anos, fotografei a pouco mais de 1 metro, olhei, e fixei cada ruga, cada olhar, cada passo dado com dificuldade ... fixei memorizei tudo, e hoje ainda me recordo de tudo isso.
Desta vez, o importante era assistir ao último concerto.
Não devemos dizer nunca ...
O dia começou, com chuva, correr para deixar a casa em ordem, sair e passear um pouco com o Tom, e depois ir trabalhar até ás 20, e correr para o Pavilhão Atlântico.
O céu em Lisboa parecia querer desabar, em água e trovoada, só me queria escapar daquele tempo e sentar-me á secretária...pensava "tou para ver se o avião não pode aterrar na portela".
Aterrou e eu "aterrei" no pavilhão Atlântico ás 21:40, levar um dia a correr e no fim, só soprava por todos os lados...estava como habitualmente uma "pilha" de nervos.
Ainda o Júlio não sonhava entrar em palco e a loucura cá fora era total ...gente de todas as idades, literalmente assim. Não eram só os "cotas", miúdas de vinte e poucos anos, trintas e por aí afora...
Instala-se a escuridão, e dá-se inicio ao concerto.
Lindo de ver, milhares de pessoas, a cantarem as musicas do José Cid, de cor, toda aquela gente sabia as letras das musicas... depois nova escuridão...
Perguntem-me o que aconteceu.
Não vale a pela de cabecinha erguida e sem vergonha de encarar o último dos meus ídolos do alto dos seus 67 anos, dos 300 milhões de discos vendidos, dos discos de ouro, platina e diamante, o artista que mais vendeu até hoje. Milhares de concertos por 27 países, falando 14 línguas.
Não tenho vergonha alguma...na escuridão, ainda bem antes chorava “copiosamente”, nada como um concerto para limpar a alma...e eis. Júlio entra ... loucura total.
Tudo de pé, tudo a bater palmas, de arrepiar, para quem gosta de espectáculos desta dimensão...eu confesso que adoro, sentir o calor humano, as palmas a emoção entre o artista e o seu público.
Mas eu olho, o meu ídolo... e dói-me a alma.
No trabalho, as "minhas" mulheres perguntavam se o concerto foi bom...
-querem que responda a verdade ou finja?
Fica tudo em stand-bay ...
-não foi um concerto bom, mas foi o concerto.
Rebobinando novamente.
-Meu Portugal querido, de tantos e tantos anos, de tanta tanta vida...
E eu choro ... o Júlio entra e mal consegue andar, encosta-se á coluna, e canta encostado ...doi.
É um misto de emoção, porque começa como uma das músicas que mais gosto "Quijote", e eu vejo-o tão frágil.
Desengane-se quem pensa ser eterno, quem pensa que vive para todo o sempre, pleno de sapiência e juventude, pleno da ilusão do estar só ... vejo tanto enquanto choro e vejo tanto enquanto o olho.
Mas Amei cada minuto, e Amei cada segundo...
Ternura de um "papa" como ele diz, que pela primeira vez leva ao palco dois dos seus três rapazinhos mais novos ... e eu chamei pela Miranda.
Acredito piamente naquele ar de paz, vestidos todos de branco em Punta Cana, acredito piamente naquele amor.
No aeroporto de Jacarta dizia Julio após ver Miranda passar "aquela mulher ainda vai ser minha", e 20 anos já se passaram e estão juntos... "no me importa lo que dicen las gentes..."
Um rei, ainda com trono que é hoje como será amanhã ETERNO...
Não voltará a haver um cantor (ou se quiserem encantador), como este, impossível. As gerações são demasiado "fúteis" e “básicas” para saber cantar (e até viver), o amor daquela forma.
Sentadinha no meu lugar vi tudo, vi que mais uma vez podia ter levado a maquina (levei mas não a minha), via os "canhões" passarem lá em baixo e pensava "caramba devia ter trazido a minha máquina, que raiva". Mas ficou a dormir em casa ... e ficou muito bem, porque hoje depois de ter visto a entrevista nos 30 minutos da RTP, e ficado chocada literalmente...prefiro ficar com a imagem que tinha.
Imagem de 2 concertos no Restelo, imagem de uma ida ao Herman Sic, onde ele me mandou um beijo, de uma ida a Portalegre sob uma noite fantástica de uma Lua cheia, onde ele olhou para mim, piscou o olho lançou-me um beijo e disse "eres guapissima". Imagem de um concerto no pavilhão Alântico grávida de 3 meses, tendo o bilhete há mais de 6 meses, não sonhando na altura que á data do concerto iria acompanhada. E deste concerto, que me satisfez quanto baste para continuar fã incondicional, para continuar a ter momentos em que só a música dele faz sentido ouvir, e pausas em que se vai ouvindo um pouco de tudo.

O Júlio Iglesias será sempre o Júlio Iglesias ....ÚNICO.
Hasta siempre, hombre... porque lá vida sigue igual.
Maria
 Nunca tinha "carregado videos no Youtube, se quiserem estão por lá dois de 2007, e os deste ano ...
Se ouvirem alguém aos gritos e suspiros, era a vizinha do lado (cof!cof!))

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