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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

... " To all Ships at Sea" ...



Comecei a escrever este texto deviam passar alguns minutos depois das 20, agora passam 25 minutos das 4 da madrugada, e escrevo-o. Passo da mente para o papel o que se começou a "desenhar" na mente de uma forma e termina de outra.
O relógio, as obrigações, o simples facto de estar perante um nada que foi tudo, ver partir algo tão, mas tão meu e não sentir algo que possa existir dentro de mim.
Porque aquele que bate simplesmente mantém a vida, mas não bate "finge".
O coração não bate simples.
Beijo os lábios mais doces à face da terra, à face do universo, bato com a porta e viro costas, rumo ao vento. Rumo ao negro da noite.
Quero chorar e simplesmente não consigo. Não sinto nada, nada de nada.
Faço o que me mentalizei fazer, quando não sentir nada, castigo o corpo pelos males da mente.
Rumo para onde no Verão terminava os meus dias, a correr ou a andar. Vejo o que não se consegue ver ... o negro da noite e sombras, que se movem sob a luz dos candeeiros.
Passo a passo, o mais depressa que posso com os pensamentos em completo desalinho...passo a passo a minha sombra.
Tenho o cabelo como queria, comprido... Tenho o corpo que nunca terei, mas que me basta para me sentir bem, tenho a saúde, a insanidade na mente sã... Olho e o que tenho??
Caminho com o cabelo, tal e qual como sempre quis, ao sabor do vento.
Luto contra mim, luta contra a mente, luto para chorar e não consigo.
Penso nos meus "rabiscos", penso no que escrevo, no que leio, no que vejo...
"Um homem não escreve assim", penso nos homens, penso no homem em geral.
Amei um pai que nunca me amou.
Amo dois irmãos que só me "descobriram", quando fui mãe.
Amei ilusoriamente, depois amei perdida e incondicionalmente...
Hoje penso nos homens, no homem em geral...
Revolta, ódio, será o que sinto??
O curioso é que me "castigo", penso e na verdade o olhar perdido no caminho alivia a mente.
Simples não bate, não rolam lágrimas pelo meu rosto, e o vazio é demasiado.
Sabe-me bem o frio, o vento, a brisa.
Vou ao encontro daquele que até hoje deve ser dos poucos homens que me conhece, passados pouco mais de 20 anos "atura-me", e conhece-me por dentro e por fora.
Mais um cinema, mais frio, mais chuva e mais coincidências daquelas que não existem...
Mas eu conheço-me e do pouco que conheço...tudo tem de vir para fora, tudo tem de sair.
Chego a casa, sento-me no sofá com a companhia de uma vida, castigo ideal?
Ver, rever, ouvir, traduzir, soletrar, cada palavra em inglês ... saborear o "cenário", a história, os rostos, a música.
"Um homem não escreve assim".
Se eu fosse escritora, neste momento a minha personagem principal estaria a dar um valente murro numa mesa e a preguntar porquê...Porquê?
Porque não pode um homem sentir, escrever, viver o que ali ou acolá se vê?
Porquê?
Volto ao filme, fácil de adivinhar claro está.
"As palavras que nunca te direi".
Foi escrito por um homem ... terá sido por isso que não teve um "Happy ending"?
Teria o final sido diferente se fosse uma mulher " and they lived happily forever after"" ?
No que me tornei?
Tem fundamento? Eu sei o que acabei de escrever...
Talvez seja isso mesmo, a vida transforma-nos e por vezes ele, aquele que nos move, não bate, quando não tem de bater e bate quando não deve. Não sei simplesmente não sei ...mas (sempre um mas), a minha natureza em certa medida e ainda que "diferente" que um dia, sim um dia, um homem sente, um homem, vive, um homem ama assim...basta-me ver, presenciar.
Eu?
Eu sou apenas uma pessoa que vai passando pela vida de outras pessoas, marcando e sendo marcada, se acredito que me pode "bater" á porta?
Que bata eu abrirei a mesma.
E era a vez de a minha personagem dar mais um valente murro na mesa e dizer "um dia, um dia ainda vou "ver", um homem que escreva, ame e viva de forma incondicional", tudo aquilo que o meu subconsciente, quer acreditar e que o consciente dúvida.
"To all ships at Sea, and all ports of call, this is a message and a prayer ...Amen".

Maria.
(05-11-2011)
Beijo n´oteudoceolhar.


8 Comentários:

Blogger PauloSilva disse...

Será que seria diferente se tivesse escrito por uma mulher? Sinceramente, não sei. Mas podemos nós pensar num outro final se não nos conformarmos com o mau final...

Enfim. Quanto ao teu comentário: não sei quem abandona um amor assim. Talvez eu exagere, não sei.

Ainda não vi o filme "O Diário da Nossa Paixão" - Mas comprei o livro só que tenho-o lindo lentamente. É muito pequeno e gosto de saborear cada capítulo lentamente.

Um beijinho Maria *

8 de novembro de 2011 às 11:11  
Blogger Secreta disse...

Será mesmo que os homens não amam incondicionalmente, que não sabem escrever historias de amor com um final feliz? Deve haver homens que o consigam...
Infelizmente a meioria deles simplesmente "passa ao lado" dessas coisas. Infelizmente a maioria dos homens não compreende a verdadeira dimensão do amor.
...
Beijito.

8 de novembro de 2011 às 11:48  
Blogger Flor de Jasmim disse...

Maria querida
Meu falecido marido escrevia muita coisa, todas elas de amor para mim durante 23 anos de casados, a última coisa que escreveu foi no hospital dois dias antes de falecer (de cancro).
Refiz minha vida e tenho um marido romântico, mas escrever, escreve muito mas politica.
beijinho n,oteudoceolhar

8 de novembro de 2011 às 22:44  
Blogger Nilson Barcelli disse...

As pessoas têm sensibilidades diferentes... mas eu não seria capaz de escrever este teu texto, que é impressionante.
Beijos, querida amiga.

14 de novembro de 2011 às 19:58  
Blogger Secreta disse...

Olá.
Passei para saber de ti,e , deixar-te um beijito.

22 de novembro de 2011 às 15:57  
Blogger Flor de Jasmim disse...

Maria
Vim deixar um beijinho e uma flor

13 de dezembro de 2011 às 17:03  
Blogger Flor de Jasmim disse...

Maria
Venho deixar o meu beijinho e uma flor.

Feliz Natal tudo de bom para ti e aqueles que mais amas.

22 de dezembro de 2011 às 18:17  
Blogger PauloSilva disse...

Olá, Maria.

Há muito que não a vejo, lá no meu espaço e até mesmo por aqui.
Vim deixar o meu abraço neste novo ano.

Paulo

9 de janeiro de 2012 às 00:59  

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

... " To all Ships at Sea" ...



Comecei a escrever este texto deviam passar alguns minutos depois das 20, agora passam 25 minutos das 4 da madrugada, e escrevo-o. Passo da mente para o papel o que se começou a "desenhar" na mente de uma forma e termina de outra.
O relógio, as obrigações, o simples facto de estar perante um nada que foi tudo, ver partir algo tão, mas tão meu e não sentir algo que possa existir dentro de mim.
Porque aquele que bate simplesmente mantém a vida, mas não bate "finge".
O coração não bate simples.
Beijo os lábios mais doces à face da terra, à face do universo, bato com a porta e viro costas, rumo ao vento. Rumo ao negro da noite.
Quero chorar e simplesmente não consigo. Não sinto nada, nada de nada.
Faço o que me mentalizei fazer, quando não sentir nada, castigo o corpo pelos males da mente.
Rumo para onde no Verão terminava os meus dias, a correr ou a andar. Vejo o que não se consegue ver ... o negro da noite e sombras, que se movem sob a luz dos candeeiros.
Passo a passo, o mais depressa que posso com os pensamentos em completo desalinho...passo a passo a minha sombra.
Tenho o cabelo como queria, comprido... Tenho o corpo que nunca terei, mas que me basta para me sentir bem, tenho a saúde, a insanidade na mente sã... Olho e o que tenho??
Caminho com o cabelo, tal e qual como sempre quis, ao sabor do vento.
Luto contra mim, luta contra a mente, luto para chorar e não consigo.
Penso nos meus "rabiscos", penso no que escrevo, no que leio, no que vejo...
"Um homem não escreve assim", penso nos homens, penso no homem em geral.
Amei um pai que nunca me amou.
Amo dois irmãos que só me "descobriram", quando fui mãe.
Amei ilusoriamente, depois amei perdida e incondicionalmente...
Hoje penso nos homens, no homem em geral...
Revolta, ódio, será o que sinto??
O curioso é que me "castigo", penso e na verdade o olhar perdido no caminho alivia a mente.
Simples não bate, não rolam lágrimas pelo meu rosto, e o vazio é demasiado.
Sabe-me bem o frio, o vento, a brisa.
Vou ao encontro daquele que até hoje deve ser dos poucos homens que me conhece, passados pouco mais de 20 anos "atura-me", e conhece-me por dentro e por fora.
Mais um cinema, mais frio, mais chuva e mais coincidências daquelas que não existem...
Mas eu conheço-me e do pouco que conheço...tudo tem de vir para fora, tudo tem de sair.
Chego a casa, sento-me no sofá com a companhia de uma vida, castigo ideal?
Ver, rever, ouvir, traduzir, soletrar, cada palavra em inglês ... saborear o "cenário", a história, os rostos, a música.
"Um homem não escreve assim".
Se eu fosse escritora, neste momento a minha personagem principal estaria a dar um valente murro numa mesa e a preguntar porquê...Porquê?
Porque não pode um homem sentir, escrever, viver o que ali ou acolá se vê?
Porquê?
Volto ao filme, fácil de adivinhar claro está.
"As palavras que nunca te direi".
Foi escrito por um homem ... terá sido por isso que não teve um "Happy ending"?
Teria o final sido diferente se fosse uma mulher " and they lived happily forever after"" ?
No que me tornei?
Tem fundamento? Eu sei o que acabei de escrever...
Talvez seja isso mesmo, a vida transforma-nos e por vezes ele, aquele que nos move, não bate, quando não tem de bater e bate quando não deve. Não sei simplesmente não sei ...mas (sempre um mas), a minha natureza em certa medida e ainda que "diferente" que um dia, sim um dia, um homem sente, um homem, vive, um homem ama assim...basta-me ver, presenciar.
Eu?
Eu sou apenas uma pessoa que vai passando pela vida de outras pessoas, marcando e sendo marcada, se acredito que me pode "bater" á porta?
Que bata eu abrirei a mesma.
E era a vez de a minha personagem dar mais um valente murro na mesa e dizer "um dia, um dia ainda vou "ver", um homem que escreva, ame e viva de forma incondicional", tudo aquilo que o meu subconsciente, quer acreditar e que o consciente dúvida.
"To all ships at Sea, and all ports of call, this is a message and a prayer ...Amen".

Maria.
(05-11-2011)
Beijo n´oteudoceolhar.


8 Comentários:

Blogger PauloSilva disse...

Será que seria diferente se tivesse escrito por uma mulher? Sinceramente, não sei. Mas podemos nós pensar num outro final se não nos conformarmos com o mau final...

Enfim. Quanto ao teu comentário: não sei quem abandona um amor assim. Talvez eu exagere, não sei.

Ainda não vi o filme "O Diário da Nossa Paixão" - Mas comprei o livro só que tenho-o lindo lentamente. É muito pequeno e gosto de saborear cada capítulo lentamente.

Um beijinho Maria *

8 de novembro de 2011 às 11:11  
Blogger Secreta disse...

Será mesmo que os homens não amam incondicionalmente, que não sabem escrever historias de amor com um final feliz? Deve haver homens que o consigam...
Infelizmente a meioria deles simplesmente "passa ao lado" dessas coisas. Infelizmente a maioria dos homens não compreende a verdadeira dimensão do amor.
...
Beijito.

8 de novembro de 2011 às 11:48  
Blogger Flor de Jasmim disse...

Maria querida
Meu falecido marido escrevia muita coisa, todas elas de amor para mim durante 23 anos de casados, a última coisa que escreveu foi no hospital dois dias antes de falecer (de cancro).
Refiz minha vida e tenho um marido romântico, mas escrever, escreve muito mas politica.
beijinho n,oteudoceolhar

8 de novembro de 2011 às 22:44  
Blogger Nilson Barcelli disse...

As pessoas têm sensibilidades diferentes... mas eu não seria capaz de escrever este teu texto, que é impressionante.
Beijos, querida amiga.

14 de novembro de 2011 às 19:58  
Blogger Secreta disse...

Olá.
Passei para saber de ti,e , deixar-te um beijito.

22 de novembro de 2011 às 15:57  
Blogger Flor de Jasmim disse...

Maria
Vim deixar um beijinho e uma flor

13 de dezembro de 2011 às 17:03  
Blogger Flor de Jasmim disse...

Maria
Venho deixar o meu beijinho e uma flor.

Feliz Natal tudo de bom para ti e aqueles que mais amas.

22 de dezembro de 2011 às 18:17  
Blogger PauloSilva disse...

Olá, Maria.

Há muito que não a vejo, lá no meu espaço e até mesmo por aqui.
Vim deixar o meu abraço neste novo ano.

Paulo

9 de janeiro de 2012 às 00:59  

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