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sábado, 31 de março de 2012

... "De que são Feitos os Sonhos ? "... (Segunda Parte)





“ Entre o Rio e o Mar … a Arte de Amar”

Comum a qualquer ser está a necessidade constante de Amar.
Fazê-lo como e de que forma?
Aí reside um de vários factores.
Aí reside a ânsia do “Ser” na procura no encontrar.
O caminho que faço diariamente leva-me ao Rio,
a fazer como costumo dizer um cruzeiro pelo Tejo todos os dias.
Nasci na capital...trabalho na capital vai para 12 dos meus 38 anos.
No entanto, o elemento senhor dos meus encantos é o Mar.
Como é possível não ver, não sentir, não respirar, não “viver” o Mar? Como?
Não sei!
Pelo menos para mim é a força maior que a mãe de todos nós nos deu.
Na arte, na minha aquela que “professo”,
por vezes e numa espécie de exorcismo, a ânsia é uma.
Amar a arte num olhar.
Olhamos “clikamos”,
fica o momento, fica o registo, não haverá outro “click” igual.
Desde quando é que isso acontece?
Não sei!
Há quanto tempo gosto e faço fotografia?
Tem de haver um tempo?
Não há… assim entendo.
Entendo que tem de haver algo muito próprio a cada fotógrafo,
uma forma de ser, de estar,
que em tudo pode ser diferente, mas que no fim o que fica?
O Amor à Arte.
Sendo eu caranguejo o meu elemento é de facto a água.
Se juntarmos à água, a “minha” Costa Vicentina, tanto melhor.
De todos os mundos de aquém e além Mar,
aquele mundo é o “meu”,
e é por lá que não me canso de criar e recriar aquele Alentejo,
único como por Amor é qualquer lugar que nos cativa a mente.
E é aqui que a cidade que me acolhe desde sempre também ajuda.
Uma cidade feita de história e que fica na história, na história do nosso país.
O encanto faz-se pelos cantos e recantos, de outrora visíveis ainda hoje.
Como tal creio que o que de bom tem dois mundos tão “distantes”
e tão próximos, levaram a que considera-se
o nome desta exposição, adequado à minha pessoa.
“Entre o Rio e o Mar… a arte de Amar”.

Maria Ferreira

Beijo n´oteudoceolhar

(De que são feitos os sonhos? De Nós! Do Eu...Tu, do Eles...Mas sem dúvida alguma do Nós!
Daí partilhar com todos vós, que sois ... o Eu, o Tu, o Nós, Vós...Eles, que aí desse lado acompanham,
os sonhos do Eu aqui deste lado...
Lamento, e não tomem como o querer ser mais...
Até porque os que me conhecem sabem que não se trata de nada disso...
sou e mantenho-me igual.
Apenas a partilha de quem ainda quer estar a viver este sonho,
ainda assim, já preparada para...
quem sabe, um novo sonho...
"Sonhar é bom, e ter com quem sonhar é bem melhor".
Em breve esta frase fará ainda mais sentido...
Este "rabisco", foi a forma como desenhei o meu currículo,
foi-me pedido, e claro, defendo-me com o signo...
tinha de ser algo bem ao meu género...
Eram para ser três textos, mas estou em crer, que desta vez falho na matemática...)

segunda-feira, 26 de março de 2012

..."De que são feitos os sonhos?" - (Primeira Parte)






"Como nasce um sonho?
O eu, o tu, o nós...o sonho.
O sonho pode ter mil rostos, mil cores, mil sons, mil encantos...mas o que faz do sonho, ser o sonho?
Nós!
Há um ano atrás, eu fui atrás de um sonho...fui sozinha, e acabei por fazer o "trajecto" de 365 dias, acompanhada.
Viver um sonho durante 365 dias, esperar este tempo, numa espera cansativa, mas feita de alma e coração...com muita expectativa, ilusão e espanto...
Feita de percalços, de curvas e contra curvas.
Mas eu, o ser que em tão pouca conta se tinha (passado), lançou-se sozinha a um sonho ... seu, um sonho seu.
Por realizar, a realizar.
Lancei-me num passo bem maior do que as minhas pernas, mas ainda assim, lancei-me.
Mais uma vez, pude ver quem esteve ao meu lado, quem está e quem estará.
Em quem confiar, em quem puder dar a mão e de quem receber a mão.
Acima de tudo, algo bem simples…
Eu.
Eu tenho valor, eu valho, bem mais hoje do que ontem…
Vá eu ao tapete as vezes que for, o que conquistei, ontem e hoje fará de mim alguém bem mais especial, hoje e amanhã, pelo menos ao meu olhar.
Apesar de ser um passo, bem maior do que as minhas pernas, eu dei-o e venci…
Mais uma vez as mulheres…
E se hoje me sinto uma vencedora, devo-o a mim e a uma mulher.
Data do primeiro mail 26 de Janeiro de 2011.
O sonho tem data e tal como tem data, também está guardado.
Um e-mail que me deixou por vários motivos “colada” à cadeira a olhar o ecrã…a ler o que me era dito pelas palavras, bem como o sim, dado ao meu pedido.
De que são feitos os sonhos?
O meu de paredes brancas…
Paredes que de tão brancas ferem o olhar, paredes que colori de cores e mil cores, que “desenhei” mentalmente durante meses.
E é chegada a hora, de passar à acção.
É arregaçar as mangas e deitar mão à obra.
Nunca tinha vivido sob tanta pressão, nunca tinha tido dias intermináveis de tanta “preocupação”.
Ponto número um, acima de tudo: não decepcionar quem apostou em mim.
Aquela que é dona de um sorriso, ternurento, de um olhar doce cheio de vida, de uma clássica presença que se distingue.
Aquela que dá a cara por aquele espaço…a Sandra.
A Sandra que constantemente me diz para a tratar por tu, e eu simplesmente não consegui…entendo-o como uma forma de respeito.
E ela continua a “teimar”, e eu só ao fim de dois ou três dias antes da inauguração é que finalmente trato a Sandra por tu.

“Eu confio em ti Maria, faz-se como entenderes…”

E mais uma vez tudo o que delineei, tudo o que desenhei, tudo aquilo que lhe mostrei, é aceite sem qualquer intreferência ao meu estilo, gosto "toque" e até música.
A Sandra olha para mim com o mesmo orgulho com que me olho ao espelho.
"É agora...".
The Show is about to Start.
Assim se começa a viver um sonho...
Quem disse que os sonhos não se podem realizar?
Podem sem dúvida, claro que por vezes, temos de dar o primeiro passo...
E se não tivermos sorte?
Verdade...podemos levar sempre com um não, pela frente.
Esta mulher deu-me um sim, ela confiou em mim "Maria desde a primeira vez que vi os teus trabalhos que soube que não me ias desiludir..."
E eu igual a mim própria, vestindo um orgulho meu, e guardando uma lágrima no peito, olho-a e sim ela teve e tem razões para confiar em mim...
Hoje a Sandra é mais do que uma funcionária, desta casa a quem um dia tratei por voçê...hoje é um doce olhar, que se tornou numa amiga".

Maria.
Beijo n´oteudoceolhar.

(p.s: A aventura continua. Claro que alguns de vocês já se deram conta do que virá...ainda assim,
trarei o resto de um sonho vivido, a 100%, por mim e pelos meus...
Como aqui, fica sempre parte (grande parte), de mim, partilharei como vocês o resto...
Com algumas "arestas limadas", e tudo a seu tempo...).

domingo, 18 de março de 2012

..." Cansaço Extenuante" ...



"Dou por mim de rastos...
Num cansaço extenuante que há muito não sentia.
Quero fechar os olhos e não consigo, quero respirar e falta-me o ar.
Deito-me numa procura de alento, levanto-me e o desejo é só um...andar.
Não consigo parar, tornou-se um vício, viciante e completamente extenuante.
Novamente repito-me...novamente.
Estou em crer que até as palavras me fogem.
A caminho, novamente deito-me ao caminho, com a cabeça a mil e um à hora...deixa, ela que funcione,
serve-lhe de ajuda para o tempo que viveu estupidificada.
Perdida e esquecida, das palavras das expressões, das letras, resumindo, de si mesma.
Castigo o corpo pelos males da mente...adoro a frase. Adoro ter criado esta espécie de "máxima" e ando...
gostava de contabilizar os quilómetros feitos, nos últimos 15 a 20 dias...
Penso no que poupei em não ser "bem" e ir para um ginásio.
Consegui pelo menos tonificar as pernas.
A companhia?
Yiurna, bálsamo aos sentidos, bálsamo aos ouvidos.
A companhia?
A avenida, sempre a avenida.
O dia corre depois de ter saído ontem da empresa já depois das 23.30. Hoje fiz-me de novo à secretária mas não aguento mais do que as 6 horas a que me comprometi.
Ter uma chefe como a minha é dar uma mão, um braço, uma perna…é dar para dela receber o que é dado. E enquanto assim for, enquanto eu assim entender, darei de mim o que puder.
Cada vez mais me assumo como tendo palavra, e negando à mentira.
Surge a palavra porque ainda à pouco lia algures sobre isso, e é coisa que não suporto. Não suporto colocarem em causa a minha palavra, as minhas palavras, ou acharem que minto.
Voltamos à perfeição?
Não!
Voltamos ao rio já “feito”, quase do lado de lá, e mesmo com as pernas a pedir “clemência”,
mesmo assim “castigo o corpo pelos males da mente”.
Agora já sem as glamorosas montras da cidade mas tendo o rio como companhia.
Por isso não é castigo, é apenas um “relaxar” diferente, como diferente sou e me assumo ser.
Olho-me e vejo-me, ir para a capital de calça de fato de treino, polar e ténis branquinhos, um kispo que dava para duas de mim, é obra.
Complemento, a mala da stefanel – tia?
Não, apenas tia dos meus sobrinhos.
Mas alguma vez me passou pela cabeça ir para a capital assim?
Não…mas é sábado, estou cansada, as ruas estão vazias, o sol aquece-me a alma, e devolve-me um “misero” sorriso.
Aquece-me a alma, o sol…o sol.
Saudades do calor do sol, da luz, do brilho…
Mas hoje estou cansada, e por hoje não divago mais…
Agora um duche, cama feita com uns lençóis lavados, frescos…e um sono que se quer reparador…”


Maria.
(18-02-2012)

Beijo n´oteudoceolhar.

segunda-feira, 12 de março de 2012

... "O Poço, o Fosso" ...


"Mais uma vez começo a descer,
um a um, os degraus do poço, do fosso.
Um a um, vou contando quantos são mentalmente,
um a um...eu conto.
Vou ouvindo os ecos de satisfação pela minha descida...
Ao poço, ao fosso...
Eu?
Deixo-me ir descendo, mantenho a firmeza dos passos de hoje,
dos passos que dou um a um.
A meio já sinto o fresco do "ambiente".
Um escuro, negro que em nada ajuda na descida.
Mas Eu...
Desço um a um.
Os pés começam a sentir a água, que fica pelos tornozelos e Eu?
Eu páro, porque era somente ali que eu queria chegar.
Acendo uma vela, que coloco do lado direito,
acendo outra vela que coloco no degrau do lado esquerdo...
Do nada os ecos, que se traduziam numa satisfação, única cessam...
um suspiro e um fim.
Fica o silêncio, apenas o silêncio e a Paz,
apenas o momento em que usufruo da luz ténue que me ilumina,
e do fresco da água que "banha" os meus pés.
Olho para cima, olho todos os degraus que desci...
Relembro a contagem de um a um ter descido.
Enquanto olho a luz do sol lá bem no alto, e olho aquelas duas luzes ténues a meu lado.
Tenho a luz ao meu lado e a luz sob a minha cabeça.
Esboço um sorriso, meu, muito meu.
O tempo que vou levar até chegar de novo lá a cima?
O tempo que vou levar até ver a luz do sol de novo a brilhar?
Não sei.
Mas desci os degraus todos um a um, e serei eu que um a um irei subí-los,
de novo um a um, pé ante pé, até ver o raiar de um novo dia.
Os ecos não serão mais do que isso, ecos da luz do sol,
do som do Mar,
do brilho do olhar de uma criança,
o sorriso de um rosto de esperança,
da contemplação daquele que não é um dia, mas um novo dia..."

Maria.


(5 de fevereiro de 2012)

caranguejo: 8 de ouros
O degrau de uma escada não serve apenas para que alguém permaneça em cima dele. Destina-se a sustentar um pé de um Homem pelo tempo suficiente para que ele coloque o outro um pouco mais alto! Há quanto tempo está nesse degrau? - Vera Xavier, sapo astral).
E assim volto, a "casa". 
A esta casa a este mundo que me ampara, 
me aquece e me alimenta a alma...aqui é o estar em casa, 
longe do mundo "medonho" dos outros.
Sim faz-me falta (Nilson), sim senti saudades vossas, muitas, tantas mas tantas ... 
Mas volto, e volto como costumo dizer "...nunca deixo de voltar ao lugar de onde parti".
Tenho sim, muito que contar, mas também temos tempo, muito tempo...
Em breve retomo as visitas... 
Está na hora de recolher ao meu cantinho, está na hora de voltar a mim. 
A todos vocês que esperaram...Obrigada.

(Todos os textos colocados a partir de hoje estão registados, e a data dos mesmos, será colocada).

Maria.

Um beijo n´oteudoceolhar.

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sábado, 31 de março de 2012

... "De que são Feitos os Sonhos ? "... (Segunda Parte)





“ Entre o Rio e o Mar … a Arte de Amar”

Comum a qualquer ser está a necessidade constante de Amar.
Fazê-lo como e de que forma?
Aí reside um de vários factores.
Aí reside a ânsia do “Ser” na procura no encontrar.
O caminho que faço diariamente leva-me ao Rio,
a fazer como costumo dizer um cruzeiro pelo Tejo todos os dias.
Nasci na capital...trabalho na capital vai para 12 dos meus 38 anos.
No entanto, o elemento senhor dos meus encantos é o Mar.
Como é possível não ver, não sentir, não respirar, não “viver” o Mar? Como?
Não sei!
Pelo menos para mim é a força maior que a mãe de todos nós nos deu.
Na arte, na minha aquela que “professo”,
por vezes e numa espécie de exorcismo, a ânsia é uma.
Amar a arte num olhar.
Olhamos “clikamos”,
fica o momento, fica o registo, não haverá outro “click” igual.
Desde quando é que isso acontece?
Não sei!
Há quanto tempo gosto e faço fotografia?
Tem de haver um tempo?
Não há… assim entendo.
Entendo que tem de haver algo muito próprio a cada fotógrafo,
uma forma de ser, de estar,
que em tudo pode ser diferente, mas que no fim o que fica?
O Amor à Arte.
Sendo eu caranguejo o meu elemento é de facto a água.
Se juntarmos à água, a “minha” Costa Vicentina, tanto melhor.
De todos os mundos de aquém e além Mar,
aquele mundo é o “meu”,
e é por lá que não me canso de criar e recriar aquele Alentejo,
único como por Amor é qualquer lugar que nos cativa a mente.
E é aqui que a cidade que me acolhe desde sempre também ajuda.
Uma cidade feita de história e que fica na história, na história do nosso país.
O encanto faz-se pelos cantos e recantos, de outrora visíveis ainda hoje.
Como tal creio que o que de bom tem dois mundos tão “distantes”
e tão próximos, levaram a que considera-se
o nome desta exposição, adequado à minha pessoa.
“Entre o Rio e o Mar… a arte de Amar”.

Maria Ferreira

Beijo n´oteudoceolhar

(De que são feitos os sonhos? De Nós! Do Eu...Tu, do Eles...Mas sem dúvida alguma do Nós!
Daí partilhar com todos vós, que sois ... o Eu, o Tu, o Nós, Vós...Eles, que aí desse lado acompanham,
os sonhos do Eu aqui deste lado...
Lamento, e não tomem como o querer ser mais...
Até porque os que me conhecem sabem que não se trata de nada disso...
sou e mantenho-me igual.
Apenas a partilha de quem ainda quer estar a viver este sonho,
ainda assim, já preparada para...
quem sabe, um novo sonho...
"Sonhar é bom, e ter com quem sonhar é bem melhor".
Em breve esta frase fará ainda mais sentido...
Este "rabisco", foi a forma como desenhei o meu currículo,
foi-me pedido, e claro, defendo-me com o signo...
tinha de ser algo bem ao meu género...
Eram para ser três textos, mas estou em crer, que desta vez falho na matemática...)

segunda-feira, 26 de março de 2012

..."De que são feitos os sonhos?" - (Primeira Parte)






"Como nasce um sonho?
O eu, o tu, o nós...o sonho.
O sonho pode ter mil rostos, mil cores, mil sons, mil encantos...mas o que faz do sonho, ser o sonho?
Nós!
Há um ano atrás, eu fui atrás de um sonho...fui sozinha, e acabei por fazer o "trajecto" de 365 dias, acompanhada.
Viver um sonho durante 365 dias, esperar este tempo, numa espera cansativa, mas feita de alma e coração...com muita expectativa, ilusão e espanto...
Feita de percalços, de curvas e contra curvas.
Mas eu, o ser que em tão pouca conta se tinha (passado), lançou-se sozinha a um sonho ... seu, um sonho seu.
Por realizar, a realizar.
Lancei-me num passo bem maior do que as minhas pernas, mas ainda assim, lancei-me.
Mais uma vez, pude ver quem esteve ao meu lado, quem está e quem estará.
Em quem confiar, em quem puder dar a mão e de quem receber a mão.
Acima de tudo, algo bem simples…
Eu.
Eu tenho valor, eu valho, bem mais hoje do que ontem…
Vá eu ao tapete as vezes que for, o que conquistei, ontem e hoje fará de mim alguém bem mais especial, hoje e amanhã, pelo menos ao meu olhar.
Apesar de ser um passo, bem maior do que as minhas pernas, eu dei-o e venci…
Mais uma vez as mulheres…
E se hoje me sinto uma vencedora, devo-o a mim e a uma mulher.
Data do primeiro mail 26 de Janeiro de 2011.
O sonho tem data e tal como tem data, também está guardado.
Um e-mail que me deixou por vários motivos “colada” à cadeira a olhar o ecrã…a ler o que me era dito pelas palavras, bem como o sim, dado ao meu pedido.
De que são feitos os sonhos?
O meu de paredes brancas…
Paredes que de tão brancas ferem o olhar, paredes que colori de cores e mil cores, que “desenhei” mentalmente durante meses.
E é chegada a hora, de passar à acção.
É arregaçar as mangas e deitar mão à obra.
Nunca tinha vivido sob tanta pressão, nunca tinha tido dias intermináveis de tanta “preocupação”.
Ponto número um, acima de tudo: não decepcionar quem apostou em mim.
Aquela que é dona de um sorriso, ternurento, de um olhar doce cheio de vida, de uma clássica presença que se distingue.
Aquela que dá a cara por aquele espaço…a Sandra.
A Sandra que constantemente me diz para a tratar por tu, e eu simplesmente não consegui…entendo-o como uma forma de respeito.
E ela continua a “teimar”, e eu só ao fim de dois ou três dias antes da inauguração é que finalmente trato a Sandra por tu.

“Eu confio em ti Maria, faz-se como entenderes…”

E mais uma vez tudo o que delineei, tudo o que desenhei, tudo aquilo que lhe mostrei, é aceite sem qualquer intreferência ao meu estilo, gosto "toque" e até música.
A Sandra olha para mim com o mesmo orgulho com que me olho ao espelho.
"É agora...".
The Show is about to Start.
Assim se começa a viver um sonho...
Quem disse que os sonhos não se podem realizar?
Podem sem dúvida, claro que por vezes, temos de dar o primeiro passo...
E se não tivermos sorte?
Verdade...podemos levar sempre com um não, pela frente.
Esta mulher deu-me um sim, ela confiou em mim "Maria desde a primeira vez que vi os teus trabalhos que soube que não me ias desiludir..."
E eu igual a mim própria, vestindo um orgulho meu, e guardando uma lágrima no peito, olho-a e sim ela teve e tem razões para confiar em mim...
Hoje a Sandra é mais do que uma funcionária, desta casa a quem um dia tratei por voçê...hoje é um doce olhar, que se tornou numa amiga".

Maria.
Beijo n´oteudoceolhar.

(p.s: A aventura continua. Claro que alguns de vocês já se deram conta do que virá...ainda assim,
trarei o resto de um sonho vivido, a 100%, por mim e pelos meus...
Como aqui, fica sempre parte (grande parte), de mim, partilharei como vocês o resto...
Com algumas "arestas limadas", e tudo a seu tempo...).

domingo, 18 de março de 2012

..." Cansaço Extenuante" ...



"Dou por mim de rastos...
Num cansaço extenuante que há muito não sentia.
Quero fechar os olhos e não consigo, quero respirar e falta-me o ar.
Deito-me numa procura de alento, levanto-me e o desejo é só um...andar.
Não consigo parar, tornou-se um vício, viciante e completamente extenuante.
Novamente repito-me...novamente.
Estou em crer que até as palavras me fogem.
A caminho, novamente deito-me ao caminho, com a cabeça a mil e um à hora...deixa, ela que funcione,
serve-lhe de ajuda para o tempo que viveu estupidificada.
Perdida e esquecida, das palavras das expressões, das letras, resumindo, de si mesma.
Castigo o corpo pelos males da mente...adoro a frase. Adoro ter criado esta espécie de "máxima" e ando...
gostava de contabilizar os quilómetros feitos, nos últimos 15 a 20 dias...
Penso no que poupei em não ser "bem" e ir para um ginásio.
Consegui pelo menos tonificar as pernas.
A companhia?
Yiurna, bálsamo aos sentidos, bálsamo aos ouvidos.
A companhia?
A avenida, sempre a avenida.
O dia corre depois de ter saído ontem da empresa já depois das 23.30. Hoje fiz-me de novo à secretária mas não aguento mais do que as 6 horas a que me comprometi.
Ter uma chefe como a minha é dar uma mão, um braço, uma perna…é dar para dela receber o que é dado. E enquanto assim for, enquanto eu assim entender, darei de mim o que puder.
Cada vez mais me assumo como tendo palavra, e negando à mentira.
Surge a palavra porque ainda à pouco lia algures sobre isso, e é coisa que não suporto. Não suporto colocarem em causa a minha palavra, as minhas palavras, ou acharem que minto.
Voltamos à perfeição?
Não!
Voltamos ao rio já “feito”, quase do lado de lá, e mesmo com as pernas a pedir “clemência”,
mesmo assim “castigo o corpo pelos males da mente”.
Agora já sem as glamorosas montras da cidade mas tendo o rio como companhia.
Por isso não é castigo, é apenas um “relaxar” diferente, como diferente sou e me assumo ser.
Olho-me e vejo-me, ir para a capital de calça de fato de treino, polar e ténis branquinhos, um kispo que dava para duas de mim, é obra.
Complemento, a mala da stefanel – tia?
Não, apenas tia dos meus sobrinhos.
Mas alguma vez me passou pela cabeça ir para a capital assim?
Não…mas é sábado, estou cansada, as ruas estão vazias, o sol aquece-me a alma, e devolve-me um “misero” sorriso.
Aquece-me a alma, o sol…o sol.
Saudades do calor do sol, da luz, do brilho…
Mas hoje estou cansada, e por hoje não divago mais…
Agora um duche, cama feita com uns lençóis lavados, frescos…e um sono que se quer reparador…”


Maria.
(18-02-2012)

Beijo n´oteudoceolhar.

segunda-feira, 12 de março de 2012

... "O Poço, o Fosso" ...


"Mais uma vez começo a descer,
um a um, os degraus do poço, do fosso.
Um a um, vou contando quantos são mentalmente,
um a um...eu conto.
Vou ouvindo os ecos de satisfação pela minha descida...
Ao poço, ao fosso...
Eu?
Deixo-me ir descendo, mantenho a firmeza dos passos de hoje,
dos passos que dou um a um.
A meio já sinto o fresco do "ambiente".
Um escuro, negro que em nada ajuda na descida.
Mas Eu...
Desço um a um.
Os pés começam a sentir a água, que fica pelos tornozelos e Eu?
Eu páro, porque era somente ali que eu queria chegar.
Acendo uma vela, que coloco do lado direito,
acendo outra vela que coloco no degrau do lado esquerdo...
Do nada os ecos, que se traduziam numa satisfação, única cessam...
um suspiro e um fim.
Fica o silêncio, apenas o silêncio e a Paz,
apenas o momento em que usufruo da luz ténue que me ilumina,
e do fresco da água que "banha" os meus pés.
Olho para cima, olho todos os degraus que desci...
Relembro a contagem de um a um ter descido.
Enquanto olho a luz do sol lá bem no alto, e olho aquelas duas luzes ténues a meu lado.
Tenho a luz ao meu lado e a luz sob a minha cabeça.
Esboço um sorriso, meu, muito meu.
O tempo que vou levar até chegar de novo lá a cima?
O tempo que vou levar até ver a luz do sol de novo a brilhar?
Não sei.
Mas desci os degraus todos um a um, e serei eu que um a um irei subí-los,
de novo um a um, pé ante pé, até ver o raiar de um novo dia.
Os ecos não serão mais do que isso, ecos da luz do sol,
do som do Mar,
do brilho do olhar de uma criança,
o sorriso de um rosto de esperança,
da contemplação daquele que não é um dia, mas um novo dia..."

Maria.


(5 de fevereiro de 2012)

caranguejo: 8 de ouros
O degrau de uma escada não serve apenas para que alguém permaneça em cima dele. Destina-se a sustentar um pé de um Homem pelo tempo suficiente para que ele coloque o outro um pouco mais alto! Há quanto tempo está nesse degrau? - Vera Xavier, sapo astral).
E assim volto, a "casa". 
A esta casa a este mundo que me ampara, 
me aquece e me alimenta a alma...aqui é o estar em casa, 
longe do mundo "medonho" dos outros.
Sim faz-me falta (Nilson), sim senti saudades vossas, muitas, tantas mas tantas ... 
Mas volto, e volto como costumo dizer "...nunca deixo de voltar ao lugar de onde parti".
Tenho sim, muito que contar, mas também temos tempo, muito tempo...
Em breve retomo as visitas... 
Está na hora de recolher ao meu cantinho, está na hora de voltar a mim. 
A todos vocês que esperaram...Obrigada.

(Todos os textos colocados a partir de hoje estão registados, e a data dos mesmos, será colocada).

Maria.

Um beijo n´oteudoceolhar.