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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

..."A Minha Casa do Danúbio Azul" ...



Podia até podia ser uma casa qualquer, e ficar "registada" em mim como apenas uma casa onde morei.
Hoje contudo passo pela casa, e hoje ainda continuo a dizer "a minha casa".
Sim é verdade que os laços que me envolvem são sempre muito fortes. Por vezes pareço 8 ou 80, mas mantenho o que costumo dizer "sou muito fiel aos meus amores". E sou.
A casa, aquela casa, se tudo fosse escrito, pensado e dito acerca "da minha casa", muita tinta teria de correr.
Para já a tinta que corre é pouca e tão pouco estou a escrever com uma caneta de tinta permanente.
A casa da Valsa.
A casa do Danúbio Azul.
Coincidência apenas e só ser o azul a minha cor de eleição sendo que outrora foi o alvo branco...hoje de azul visto corpo e alma.
Música clássica, sou fã (qb), pouco conhecedora. Sou tal como alguém dizia terra a terra, e por vezes até dou por mim a pensar no geral da minha cultura geral.
Pouco me importa.
Strauss, óbvio que sim, a valsa do Danúbio azul, qualquer mortal conhece. Sendo eu mortal, conheço a imortal valsa que durante anos acompanhava o sonho de um dia casar e abrir a pista de dança ao som de Strauss.
Puro caranguejo, não só não houve casamento, como "a minha casa", já não é minha desde o tempo da outra senhora.
Mas "a minha casa", volta hoje ao meu presente, motivos que trarei quando assim entender.
Hoje volto ao tempo "da minha casa".
Ando quase 38 anos para trás...uma eternidade portanto.
Chego àquela casa com 5 meses, chego àquele palacete, porque ficava bem a um construtor civil ter uma casa assim, ficava bem a um presidente ou vice-presidente (não me recordo bem, irrelevante), de um clube ter uma casa assim.
Garagens?
Só garagens eram três, onde eram servidos almoços do clube, onde eram feitos bailes, onde era guardado um Mercedes branco (que ainda hoje trabalha na minha mente), numa das garagens (a última), sempre que chovia haviam infiltrações e podíamos andar de barco a remos lá dentro.
Verdade era uma casa grande, uma grande casa.
Nessas garagens foi passada a adolescência dos meus irmãos que tinham uma banda de música, os TNT eram uma banda da cidade, e eu a miúda que ouvia os ensaios e sempre que podia "jogava" a mão ao teclado (órgão entenda-se), tendo chegado mesmo a dar cabo de uma bateria. Sim nesta cabecinha tocar bateria com chave de fendas era do mais natural que podia haver.
Os TNT saíram do panorama musical, ficaram e tem o seu lugar na história da cidade. Hoje apenas o Ricardo Landum é reconhecido e conhecido no panorama musical (http://www.youtube.com/watch?v=zGp7LCAW9b8&feature=related).
Mas "a minha casa", deixou-me tantas marcas, basta ter chegado lá com 5 meses e saído de lá com 13 anos.
"A minha casa", onde também pequenina chegou uma serra da estrela com 5 semanas, que foi minha companheira de quase uma vida, quase porque para mim foi mesmo.
Quando deixei a casa, já o senhor construtor não fazia parte da casa havia anos, sendo tudo suportado pela Lena, um casarão como ela diz.
Mas dizia eu, a Nicha acabou por ir para a quinta do senhor construtor, sendo a primeira coisa que eu fazia quando lá chegava aos Domingos era ir vê-la.
Claro que um dia chego e é-me dito da forma mais natural (e cruel), que a Nicha tinha morrido. Aguentei-me até chegar a casa, em casa claro está as lágrimas foram mais do que muitas.
Hoje ainda mantenho na parede do meu quarto uma fotografia da Nicha.
Há daquela casa memórias, que serão sempre memórias, há marcas interiores, e exteriores.
O tempo esse sábio, tudo (ou quase tudo), cura.
Prefiro esquecer as marcas cruas e duras e lembrar-me dos bailes dos TNT os bailes de máscaras, pelo carnaval. Lembrar-me da Nicha a correr por aqueles corredores, deitada na relva com os gatos a dormirem em cima da sua barriga, numa paz única e digna de se ver. Os meus baloiços, o andar descalça pela terra, jogar à bola, ao berlinde (sim uma autêntica Maria rapaz). Olhar e ver a Lena no Mercedes branco, guardá-lo na garagem.
Certa vez ia-mos literalmente Arrábida abaixo, porque a Lena não gostava de meter o cinto de segurança, e o mesmo acabou por ficar preso no travão de mão. O meu avô que tinha vertigens olhou para o lado e acabou por desmaiar, a Lena manteve-se firme, com o Mercedes a patinar e a não querer sair do mesmo sitio, pouco mais me lembro só sei que teve de ser puxado por outro carro.
Costumava dizer que se me saísse o totoloto a voltaria a comprar, hoje com toda a certeza digo que não, tudo tem o seu tempo e aquele tempo passou.
"A minha casa", memórias...elas são memórias do ontem que num destes dias voltarão porque quis o destino que estivesse escrito que eu ia lá voltar a entrar.
O que vou sentir?
Não faço a mais pálida ideia, até porque falta a era que a envolvia as paredes, faltam-lhe as varandas de alumínio dourado (raro na altura), falta-lhe tanta, tanta coisa, que o mais certo é eu entrar lá e não me lembrar de nada.
E é aqui que a mim mesma digo "mentirosa"...
Verdade, é mentira porque sei que vou lá entrar e sentir um turbilhão de emoções, visões...
Mas eu vou lá entrar, e vou pensar como hoje...
Digam lá se a vida não é...
Tanta, tanta coisa?

Maria.
(08-02-2012)

Beijo n´oteudoceolhar.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

... " Porta fechada" ...

(Estranho não haver fotografia a ilustrar o post de hoje?
A minha "arte" nunca foi valorizada, como tal, não há registo fotográfico meu que valha o "sentir" deste escrito.
Não há música? Pois não, não há porque ali nunca tocou música que me recorde para colocar, que seja marca do tempo que passou. Também não há lágrimas, também não há sorrisos. 
Estou calma e serena. Mais uma vez escrevi de alma e coração aberto.
Se o poderia fazer de outra forma?
Podia.
Mas aprendi a respeitar o meu sentir, as minhas palavras nos escritos a que chamo "rabiscos".
E se foi isto que saiu é isto que fica).

"Pela porta que entraste,
foi pela porta que saíste.
Hoje essa porta está fechada.
Não mudo sequer a fechadura,
porque nem sequer chave tinhas.
A chave resgatei-a eu de onde a roubaste.
Do meu coração.
Está lá colocada, defendida e guardada,
para quem eu entenda ser merecedor do que outrora foi "puro",
durou mas morreu.
Não vale a pena, sendo a alma pequena ou não tentar
reanimar o que está morto.
O meu Amor é meu e entrego-o a quem for merecedor disso.
Ganhei-me pelo caminho.
Ganhei assas cortadas,
hoje libertas para voar, de cabeça erguida.
Nunca se pode ganhar tudo nem o todo.
Se voltaria a entregar-te a chave?
Não!
Não voltaria a fazer, simplesmente porque nunca o fizeste por merecer.
Sempre foi e sempre será mais cego aquele que não quer ver.
Eu não vi, eu fingi sempre acreditar, no que diz o ditado
"olhos não vêem coração não sente".
Senti muitas e muitas noites, e dias na pele,
a mesma que te dei em carícias que soubeste retribuir e eu acreditei,
que só um seria capaz de tal "façanha".
Olhar-me, aceitar-me como sou...
Melhor não só não és o único, como me olho, e me aceito,
e se outrora tivesse sido assim, o final teria sido outro.
Está escrito, está guardado.
Fica com o que quiseres das memórias, que eu faço o mesmo.
Um dia quem sabe, se assim entender,
volte a ver, a olhar o que um dia "houve de bom".
Hoje nada me diz, e de nada vale, o que ficou para trás.
Porque o meu caminho faz-se para a frente...".

Maria.

(As canetas da censura abaixo: Fica sempre algo de relações falhadas.
Eu tenho algo Meu muito Meu, tenho um Amor Maior, e Eterno,
de Pureza e Inocência de hoje que será um Homem no amanhã.
O meu FILHO.

Amem, Amem e muito, nunca neguem ao coração, à alma o Amor ao "outro". 
O Amor que existe em nós e que "fielmente" devemos dar.
Saibam dosear tudo o que faz parte de uma relação. 
"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço" (ou fiz).
Ciúme quanto baste, confiança, não quebrem o "laço".
Por vezes abrimos os olhos e levamos de "chapa" com determinadas coisas e aí a dor é maior.
Sofram com a perda, façam o luto, mas não neguem nunca ao Amor.
Foram cruéis as minhas palavras?
Talvez, mas estou de cabeça erguida, outrora caída.
Se Amo?
Não queiram saber tanto ou mais do que eu, certo é que não me nego ao sentimento nobre em que sempre acreditei, seja sob que forma for.
Até ao meu melhor amigo eu digo Amo-te e ele trata-me por amor (também são 22 anos de amizade, é como se fossemos irmãos).
Amem e Amem muito...
Um dia ao olharem para trás, podem ver lágrimas, "facadas" que nos levam a "sangrar" muito...
Mas também podem olhar para trás e ver sorrisos, olhares. Fechar os olhos e sentir o cheiro do "outro", a maciez do cabelo dela, a cor preferida dele, os contornos do corpo dela, a doçura do sorriso dele.
O Eu e o Tu ser Nós...Tudo é possível, tudo, basta acreditarmos, ele o Amor dura, claro que dura, enquanto existir, quem nele acredite e quem por ele lute...por isso Amem e Amem muito.

Maria.

(p.s: Há pouco dei este escrito a ler a uma colega...
Colocou a questão: "Estás tristinha?"
Nada mas mesmo nada, respito, e estou em paz, comigo mesma, este rabisco saiu no dia que tinha de sair, coloquei hoje porque amanhã é dia dos namorados. Convivam e vivam as datas os dias, procurem aprender alguma coisa com as minhas palavras, se conseguir transmitir alguma coisa através das mesmas isso basta-me no dia de hoje, que será mais um dia, e o amanhã ninguém o viu. Dizem!)
Beijo n´oteudoceolhar.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

..."I think about Laura" ...



"I think about Laura
as I walk by...
I think about Laura, and I wonder why...
The brightness of Her eyes, the brightness of Her smile.
I think about Laura as I walk by...
Step by step, I think about laura, and the dreams She left behind.
"Where are you Laura? Where are you Laura?"
I ask time and time again...
I pray time and time again just to see you again.
Please Laura don´t left me like all the dreams you left behind.
Please Laura come back to me, just one more time.
Laura, can you hear me?
Can you?
Let´s take a walk...
Let´s take a walk like we used to, hand in hand you and I,
walking "in to" the sea.
Watching the waves going by like a “present” in time.
Come Laura, please be mine, even if it´s just for one more time.
Don´t, don´t leave me behind..."


Maria.


(Foto de minha autoria, como por norma são todas aquelas que acompanham os posts.
A edição levou um "toque", que não o meu, as cores "foram puxadas", e grão incluído...Obrigado).

Beijo n´oteudoceolhar.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

... "Solidão, mão na mão"...


"Anda comigo.
Anda vem dá-me a mão.
Caminha comigo lado a lado.
De braço dado, de mão na mão...
Caminha comigo, ensina-me a viver contigo a meu lado,
já que tu me acompanhas, sei que estás aí, porque aí te sinto...ao meu lado.
Vivo e caminho na espera que ela chegue,
 já que ela levou aquela que me acompanhava,
nos passos dados pela vida.
Hoje caminho sozinho, contigo a meu lado na espera de quem por vezes desespera,
nesta espera pela partida desta para a outra vida".

Maria.
(30-01-2012 Proíbida cópia parcial ou integral)
Beijo n´oteudoceolhar.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

..."A Minha Casa do Danúbio Azul" ...



Podia até podia ser uma casa qualquer, e ficar "registada" em mim como apenas uma casa onde morei.
Hoje contudo passo pela casa, e hoje ainda continuo a dizer "a minha casa".
Sim é verdade que os laços que me envolvem são sempre muito fortes. Por vezes pareço 8 ou 80, mas mantenho o que costumo dizer "sou muito fiel aos meus amores". E sou.
A casa, aquela casa, se tudo fosse escrito, pensado e dito acerca "da minha casa", muita tinta teria de correr.
Para já a tinta que corre é pouca e tão pouco estou a escrever com uma caneta de tinta permanente.
A casa da Valsa.
A casa do Danúbio Azul.
Coincidência apenas e só ser o azul a minha cor de eleição sendo que outrora foi o alvo branco...hoje de azul visto corpo e alma.
Música clássica, sou fã (qb), pouco conhecedora. Sou tal como alguém dizia terra a terra, e por vezes até dou por mim a pensar no geral da minha cultura geral.
Pouco me importa.
Strauss, óbvio que sim, a valsa do Danúbio azul, qualquer mortal conhece. Sendo eu mortal, conheço a imortal valsa que durante anos acompanhava o sonho de um dia casar e abrir a pista de dança ao som de Strauss.
Puro caranguejo, não só não houve casamento, como "a minha casa", já não é minha desde o tempo da outra senhora.
Mas "a minha casa", volta hoje ao meu presente, motivos que trarei quando assim entender.
Hoje volto ao tempo "da minha casa".
Ando quase 38 anos para trás...uma eternidade portanto.
Chego àquela casa com 5 meses, chego àquele palacete, porque ficava bem a um construtor civil ter uma casa assim, ficava bem a um presidente ou vice-presidente (não me recordo bem, irrelevante), de um clube ter uma casa assim.
Garagens?
Só garagens eram três, onde eram servidos almoços do clube, onde eram feitos bailes, onde era guardado um Mercedes branco (que ainda hoje trabalha na minha mente), numa das garagens (a última), sempre que chovia haviam infiltrações e podíamos andar de barco a remos lá dentro.
Verdade era uma casa grande, uma grande casa.
Nessas garagens foi passada a adolescência dos meus irmãos que tinham uma banda de música, os TNT eram uma banda da cidade, e eu a miúda que ouvia os ensaios e sempre que podia "jogava" a mão ao teclado (órgão entenda-se), tendo chegado mesmo a dar cabo de uma bateria. Sim nesta cabecinha tocar bateria com chave de fendas era do mais natural que podia haver.
Os TNT saíram do panorama musical, ficaram e tem o seu lugar na história da cidade. Hoje apenas o Ricardo Landum é reconhecido e conhecido no panorama musical (http://www.youtube.com/watch?v=zGp7LCAW9b8&feature=related).
Mas "a minha casa", deixou-me tantas marcas, basta ter chegado lá com 5 meses e saído de lá com 13 anos.
"A minha casa", onde também pequenina chegou uma serra da estrela com 5 semanas, que foi minha companheira de quase uma vida, quase porque para mim foi mesmo.
Quando deixei a casa, já o senhor construtor não fazia parte da casa havia anos, sendo tudo suportado pela Lena, um casarão como ela diz.
Mas dizia eu, a Nicha acabou por ir para a quinta do senhor construtor, sendo a primeira coisa que eu fazia quando lá chegava aos Domingos era ir vê-la.
Claro que um dia chego e é-me dito da forma mais natural (e cruel), que a Nicha tinha morrido. Aguentei-me até chegar a casa, em casa claro está as lágrimas foram mais do que muitas.
Hoje ainda mantenho na parede do meu quarto uma fotografia da Nicha.
Há daquela casa memórias, que serão sempre memórias, há marcas interiores, e exteriores.
O tempo esse sábio, tudo (ou quase tudo), cura.
Prefiro esquecer as marcas cruas e duras e lembrar-me dos bailes dos TNT os bailes de máscaras, pelo carnaval. Lembrar-me da Nicha a correr por aqueles corredores, deitada na relva com os gatos a dormirem em cima da sua barriga, numa paz única e digna de se ver. Os meus baloiços, o andar descalça pela terra, jogar à bola, ao berlinde (sim uma autêntica Maria rapaz). Olhar e ver a Lena no Mercedes branco, guardá-lo na garagem.
Certa vez ia-mos literalmente Arrábida abaixo, porque a Lena não gostava de meter o cinto de segurança, e o mesmo acabou por ficar preso no travão de mão. O meu avô que tinha vertigens olhou para o lado e acabou por desmaiar, a Lena manteve-se firme, com o Mercedes a patinar e a não querer sair do mesmo sitio, pouco mais me lembro só sei que teve de ser puxado por outro carro.
Costumava dizer que se me saísse o totoloto a voltaria a comprar, hoje com toda a certeza digo que não, tudo tem o seu tempo e aquele tempo passou.
"A minha casa", memórias...elas são memórias do ontem que num destes dias voltarão porque quis o destino que estivesse escrito que eu ia lá voltar a entrar.
O que vou sentir?
Não faço a mais pálida ideia, até porque falta a era que a envolvia as paredes, faltam-lhe as varandas de alumínio dourado (raro na altura), falta-lhe tanta, tanta coisa, que o mais certo é eu entrar lá e não me lembrar de nada.
E é aqui que a mim mesma digo "mentirosa"...
Verdade, é mentira porque sei que vou lá entrar e sentir um turbilhão de emoções, visões...
Mas eu vou lá entrar, e vou pensar como hoje...
Digam lá se a vida não é...
Tanta, tanta coisa?

Maria.
(08-02-2012)

Beijo n´oteudoceolhar.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

... " Porta fechada" ...

(Estranho não haver fotografia a ilustrar o post de hoje?
A minha "arte" nunca foi valorizada, como tal, não há registo fotográfico meu que valha o "sentir" deste escrito.
Não há música? Pois não, não há porque ali nunca tocou música que me recorde para colocar, que seja marca do tempo que passou. Também não há lágrimas, também não há sorrisos. 
Estou calma e serena. Mais uma vez escrevi de alma e coração aberto.
Se o poderia fazer de outra forma?
Podia.
Mas aprendi a respeitar o meu sentir, as minhas palavras nos escritos a que chamo "rabiscos".
E se foi isto que saiu é isto que fica).

"Pela porta que entraste,
foi pela porta que saíste.
Hoje essa porta está fechada.
Não mudo sequer a fechadura,
porque nem sequer chave tinhas.
A chave resgatei-a eu de onde a roubaste.
Do meu coração.
Está lá colocada, defendida e guardada,
para quem eu entenda ser merecedor do que outrora foi "puro",
durou mas morreu.
Não vale a pena, sendo a alma pequena ou não tentar
reanimar o que está morto.
O meu Amor é meu e entrego-o a quem for merecedor disso.
Ganhei-me pelo caminho.
Ganhei assas cortadas,
hoje libertas para voar, de cabeça erguida.
Nunca se pode ganhar tudo nem o todo.
Se voltaria a entregar-te a chave?
Não!
Não voltaria a fazer, simplesmente porque nunca o fizeste por merecer.
Sempre foi e sempre será mais cego aquele que não quer ver.
Eu não vi, eu fingi sempre acreditar, no que diz o ditado
"olhos não vêem coração não sente".
Senti muitas e muitas noites, e dias na pele,
a mesma que te dei em carícias que soubeste retribuir e eu acreditei,
que só um seria capaz de tal "façanha".
Olhar-me, aceitar-me como sou...
Melhor não só não és o único, como me olho, e me aceito,
e se outrora tivesse sido assim, o final teria sido outro.
Está escrito, está guardado.
Fica com o que quiseres das memórias, que eu faço o mesmo.
Um dia quem sabe, se assim entender,
volte a ver, a olhar o que um dia "houve de bom".
Hoje nada me diz, e de nada vale, o que ficou para trás.
Porque o meu caminho faz-se para a frente...".

Maria.

(As canetas da censura abaixo: Fica sempre algo de relações falhadas.
Eu tenho algo Meu muito Meu, tenho um Amor Maior, e Eterno,
de Pureza e Inocência de hoje que será um Homem no amanhã.
O meu FILHO.

Amem, Amem e muito, nunca neguem ao coração, à alma o Amor ao "outro". 
O Amor que existe em nós e que "fielmente" devemos dar.
Saibam dosear tudo o que faz parte de uma relação. 
"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço" (ou fiz).
Ciúme quanto baste, confiança, não quebrem o "laço".
Por vezes abrimos os olhos e levamos de "chapa" com determinadas coisas e aí a dor é maior.
Sofram com a perda, façam o luto, mas não neguem nunca ao Amor.
Foram cruéis as minhas palavras?
Talvez, mas estou de cabeça erguida, outrora caída.
Se Amo?
Não queiram saber tanto ou mais do que eu, certo é que não me nego ao sentimento nobre em que sempre acreditei, seja sob que forma for.
Até ao meu melhor amigo eu digo Amo-te e ele trata-me por amor (também são 22 anos de amizade, é como se fossemos irmãos).
Amem e Amem muito...
Um dia ao olharem para trás, podem ver lágrimas, "facadas" que nos levam a "sangrar" muito...
Mas também podem olhar para trás e ver sorrisos, olhares. Fechar os olhos e sentir o cheiro do "outro", a maciez do cabelo dela, a cor preferida dele, os contornos do corpo dela, a doçura do sorriso dele.
O Eu e o Tu ser Nós...Tudo é possível, tudo, basta acreditarmos, ele o Amor dura, claro que dura, enquanto existir, quem nele acredite e quem por ele lute...por isso Amem e Amem muito.

Maria.

(p.s: Há pouco dei este escrito a ler a uma colega...
Colocou a questão: "Estás tristinha?"
Nada mas mesmo nada, respito, e estou em paz, comigo mesma, este rabisco saiu no dia que tinha de sair, coloquei hoje porque amanhã é dia dos namorados. Convivam e vivam as datas os dias, procurem aprender alguma coisa com as minhas palavras, se conseguir transmitir alguma coisa através das mesmas isso basta-me no dia de hoje, que será mais um dia, e o amanhã ninguém o viu. Dizem!)
Beijo n´oteudoceolhar.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

..."I think about Laura" ...



"I think about Laura
as I walk by...
I think about Laura, and I wonder why...
The brightness of Her eyes, the brightness of Her smile.
I think about Laura as I walk by...
Step by step, I think about laura, and the dreams She left behind.
"Where are you Laura? Where are you Laura?"
I ask time and time again...
I pray time and time again just to see you again.
Please Laura don´t left me like all the dreams you left behind.
Please Laura come back to me, just one more time.
Laura, can you hear me?
Can you?
Let´s take a walk...
Let´s take a walk like we used to, hand in hand you and I,
walking "in to" the sea.
Watching the waves going by like a “present” in time.
Come Laura, please be mine, even if it´s just for one more time.
Don´t, don´t leave me behind..."


Maria.


(Foto de minha autoria, como por norma são todas aquelas que acompanham os posts.
A edição levou um "toque", que não o meu, as cores "foram puxadas", e grão incluído...Obrigado).

Beijo n´oteudoceolhar.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

... "Solidão, mão na mão"...


"Anda comigo.
Anda vem dá-me a mão.
Caminha comigo lado a lado.
De braço dado, de mão na mão...
Caminha comigo, ensina-me a viver contigo a meu lado,
já que tu me acompanhas, sei que estás aí, porque aí te sinto...ao meu lado.
Vivo e caminho na espera que ela chegue,
 já que ela levou aquela que me acompanhava,
nos passos dados pela vida.
Hoje caminho sozinho, contigo a meu lado na espera de quem por vezes desespera,
nesta espera pela partida desta para a outra vida".

Maria.
(30-01-2012 Proíbida cópia parcial ou integral)
Beijo n´oteudoceolhar.