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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

... Tears From The Sky ...




Tears are falling from the sky...
I wish they were mine.
They are not...
I wish they were mine.
But I can no longer cry!
Perhaps tomorrow, not today...
I just can´t...
I ask myself why...
why?
why can´t I no longer cry, like I used to do?
Why, can´t I ?
It was so much easier.
Tears are falling from the sky ...
They are not mine...
Because I can no longer cry.
I feel so cold inside,
My soul, my body … myself.
I just wish ... please God, let me cry...
Let me fall on my knees,
Let all the hate, leave the body, the soul...
Let me live in peace with myself.
Please God, let the tears from the sky be mine...
It´s so much easier ...
Tears are falling from the sky...
And I can only wish they were mine.

Maria

Beijo n´oteudoceolhar


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

... Just breathe ...



Breathe...
Close your eyes and,
breathe...
Can you feel the wind blow?
Breathe...
Close your eyes and,
breathe...
Can you hear the voice of the wind?
Is this the way?
Show me the way...
I will show you your´s,
you will show me mine...
Breathe...
Close your eyes and feel.
I believe you can...
I´m sure you can...
Just close your eyes and,
breathe...
Inside me, in me...
Like i breathe,
In you, inside you.
Close your eyes and just,
breathe...


Maria

Beijo n´oteudoceolhar.
(Ontem eu fui o mar, hoje voas sobre o mar...)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

... Acordar para a Vida ...



Fecho os olhos, sento-me no meu banco.
Fico imóvel, deixando que o Eu fique de igual forma como o cabelo…
Perfeito desalinho.
Fico e deixo-me fica.
Chamas por mim, clamas por mim.
E eu ouço o apelo, aquele que te faço e aquele que desejo, aquele que nunca me concedes.
Fecho os olhos…
Levanto-me desço as escadas que a ti me conduzem.
As rochas, dão-me a sensação que perderam a inclinação, e que se tornam numa passadeira de fácil acesso a Ti.
E de olhos fechados caminho.
A descida é fácil, ou pelo menos parece…
Sinto um rasgo na perna, e de olhos fechados olho, a água tingir-se de um vermelho, paixão.
Sinto uma dor aguda, lancinante…mantenho-me imóvel, sinto o quente do sangue misturar-se com o frio da água.
Aquele frio que se entranha, nas entranhas do meu ser, quando a Ti me dirijo.
Os pés já molhados, a água até aos joelhos, que parecem querer fraquejar…
Mas de olhos continuo a descida, de mim para Ti.
-tinha de ser assim?
-não era assim que querias?
-queria vir a Ti, chegar a Ti e em Ti me perder.
-se querias, chegou a hora.
Embatem as ondas, embate o corpo, as mãos perdem-se mas não perco o equilíbrio…
E mais um golpe, o sabor que quase chega á boca do vermelho que torna a tingir a água.
-porque doi? pensei que era mais fácil.
-se fosse assim tão fácil, valeria a pena? Se fosse fácil se não doesse, já te teria levado há mais tempo.
Não fui eu que quis, foste tu que pediste, e de tanto pedires, hoje concedo-te o desejo, hoje serás mais do que ontem minha.
-tens razão, eu pedi, e pedi mais do que uma vez, leva-me. Eu e Tu, por fim, no fim Nós.
Mais um embate, mais um rasgo que rasga o interior, a dor, na dor.
-ajuda-me, facilita.
-se eu facilita-se era mais fácil não era? Se eu facilita-se um fim seria um fim em glória e em pleno. Era isso que querias não era?
Pensa…se assim fosse que nome teria o fim … Amor? Entrega? Não és tu que me Amas? Não és Tu que te entregas a mim?
Seria fácil, demasiado fácil e tu sabes tão bem quanto eu, que tudo isso é utópico. Por isso doi, por isso magoa, por isso sofres no que vias de tão pleno.
Não o é, nunca foi, nunca será. Eu levo-te como tenho de levar, sem nunca te deixar de amar. Não sou eu o teu Mar?
De olhos fechados me mantenho, na dor que outrora foi, plena de luz.
Por isso doi, por isso magoa, as estranhas entranhas do meu ser.
Ao fundo me transporta, a respiração, mantém-se não sei bem até onde.
De olhos fechados vejo o resgo de luz, de lá no alto se mantém, levando ao escuro, perdendo a clareza.
De olhos fechados, o ar falta-me, a água invade o interior, perco a noção do que é ter a noção, do que é o ar, aquele que respirava, aquele que se esvai…
Não há mais ar, não há mais como respirar…não há mais volta a dar.
-Eu e Tu.
-Tu e Eu, por fim Nós.
-Deste-me a vida e hoje levas-me…
-Fui eu que pedi? Fui eu que vim até mim?
Tu pediste eu, disse-te tantas vezes. Tantas mas tantas, para ires e voltares quando de alimento sentisses falta, quando de mim sentisses falta.
Que fizeste tu? Voltas-te alimentaste-te, e não viveste, fingiste e voltaste sempre em busca de alimento, verdade, mas pediste sempre o mesmo.
“leva-me”. Agora levo-te.
-então leva-me acaba de uma vez comigo.
-não eu não acabo contigo de uma vez. Tu acabaste contigo.
Eu sou apenas o meio para atingires um fim…e agora chega a hora em que queres olhar para trás, e meu Amor é tarde.
Esvai-se, sem mais palavras, o sopro da vida que foi vida… sucumbo.
No fim que sempre desejei, Eu e Tu, por fim nós.
Na alegria, na tristeza, na saúde e na doença…Eu e Tu, por fim nós.
...............................

Do Nada os olhos abrem-se, desperto.

Olho a imensidão...estava a "dormir", sonhei um sonho irreal, um sonho impossível de o ser. Porque eu estou a ver o Mar, porque eu olho e vivo o Mar, e foi ali que ela começou ... A vida...e eu não me posso limitar apenas a olhar, porque o vivo, porque o sinto, porque ele me alimenta, dá-me a vida…
Mas sim um dia Eu, Tu seremos apenas nós.

Maria
Beijo n´oteudoceolhar.
(Maria vai ver o Mar. Mas Maria volta, porque tem de voltar...)



terça-feira, 23 de agosto de 2011

... Irmão do meu Irmão, meus Irmãos são ...




Mais uma vez Avenida abaixo.
Há falta de tempo, faz-se exercício desta forma.
Penso no telefonema, que fiz á pouco, sinto um nó na garganta, desde então.
Luto contra a vontade de chorar.
O céu está negro, nuvens e um frio que se faz sentir nos meus ossos.
Eco na mente das frases:
"Tens talento "vai-te" a eles".
"Vê-se que é uma coisa que fazes com muito gosto..."
"...nunca deixes que nenhum homem, te humilhe ou trate mal"
A distância é a de quase um mundo, mas cada vez e de cada vez que recebo um mail do meu irmão, o caminho é um..."fugir" para a casa de banho, para poder chorar.
Eu sei o porquê...
Foram precisos 34 anos, e-mails, palavras, poemas, e fotografias, para eu chegar ao coração do meu irmão mais velho.
Dos meus irmãos ao fim e ao cabo...ao fim e ao cabo ao coração dos dois.
Hoje é a imagem mental que tenho, porque este irmão, vai partir para outro lado do mundo, fazendo da sua luta uma luta que, ajuda. Um irmão, que nunca teve ou tem uma palavra de mal a dizer sobre quem quer que seja, leva a sua vida de luta, leva uma vida "pacífica"...
Ambos sempre que procuravam saber alguma coisa acerca da "miúda", recorriam á mãe Lena.
(Acabei por ficar a detestar a palavra "miúda" por vários motivos este é um deles).
O que mais é senão uma bênção um filho?
Muitos textos, muitos pensamentos, muito pode passar pela cabeça de Maria, mas sem sombra de dúvida
(e repito-me), ter sido mãe foi das melhores coisas que me podiam ter acontecido.
Não faço ideia do que é ter um pai, tendo tido ... não vejo a figura paternal que deveria ver na pessoa.
Olhos estes homens que assumidamente perante "fugas", "desaires", e ausências Amo, e dos quais tenho um imenso orgulho.
...
Imagine-se chorar porque se fala ao telefone com um irmão.
Pelo meio da conversa.
-porreiro, fico muito feliz por ti...
-sabes J. por vezes dá-se um click e temos de arrancar e crescer.
-tem de ser Maria, tens todo o meu apoio.
E curioso é que hoje eu sei que tenho.
Ele nota que aquele típico nó que "tropeça", na garganta de Maria e teima em sair, quando Maria tenta falar.
-J. gostava muito que assinasses o meu livro de honra. Tu foste das primeiras pessoas a apoiar-me.
-e eu assino com muita honra. Força. Em Outubro se vier cá, combinamos e juntamo-nos todos.
Fico de voz embargada tenho culpa?
Sou uma "peste", mas sim, também sou lamechas.
Abençoado filho, que me fez crescer.
Nunca pensei que fosse tão duro, nunca pensei na verdade crescer.
Acho que na verdade não pensei em nada referente a mim durante muito tempo.
Hoje penso, hoje vou á luta, ninguém o pode fazer por mim, assumo o comando de tudo e faço-me à estrada, "vou-me" a eles.
Se custa?
Custa horrores, tenho dias em que os pés mal se querem mexer. Olhar os passos que tenho de dar, com vontade de não o fazer, mas dou…
Mais um café e "olho" o burburinho, e o avião lá bem no alto.
Pelas 22 horas o Irmão parte para o outro lado do mundo e já sinto uma certa ansiedade em pensar no que ele me vai escrever.
Lá está Maria a esconder-se por detrás das palavras.
Certo é que se não fossem elas (além da mudança ao ser mãe), Maria ia continuar pávida e estupidamente por detrás do sol, sem saber o quão quente ele é...e Maria que até adora o sol e a pele dourada que ele lhe dá.
Conquistei-os aos dois e hoje sei que não me olham como miúda, mesmo quando ando feita "palhacita" atrás dos sobrinhos, ou na paródia.
Hoje sou Maria, não sou miúda.
Hoje Eu sou muito Eu.
Custa crescer?
Se custa. Custa estar só, sem ter com quem dividir um espaço?
Não sei nunca o fiz, mas conhecendo-me, posso dizer que custa.
Mas se hoje é assim e eu ainda sou uma "pita", tempo tenho eu de sobra até aos 40, para o tanto que ainda tenho de fazer por mim e pelos meus.



Maria.
(22-08-2011)

A música de hoje foi escolhida, não só porque gosto, mas porque foi um grupoque lá em casa sempre foi familiar,
ou não tivessem tido os meus irmãos  um grupo de rock/baile lá pelos anos 80...os sweet 80´s.
Apenas uma é dedicada, a quem aqui vem por  bem e a conhece de cor – "How I wish You were here".

Beijo n´oteudoceolhar


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

... Quebrar o silêncio ...





O silêncio impera…
Volto à varanda que sempre me acompanha,
nas noites quentes ou nas noites frias.
Apetece-me o frio, apetece-me resistir a tudo e a todos.
Deixà-los e partir, sem rumo sem destino, sair de mim e em mim voltar a entrar.
É-me natural e nada me estranha ser assim.
Aceito-me, aceito este modo de ser.
Cansa-me o espaço…quero o tempo, quero sair, partir…
Ocorre-me, o som.
Penso, no que ganhei, no que perdi, e sei que ganhei mais do que perdi…
E mesmo assim apetece-me partir e simplesmente não voltar.
Vou buscar o som, a oferta feita, a oferta, vinda de alguém
 que vive a vida com um sorriso nos lábios,
que não nega a alegria de  viver em pleno.
Alguém que hoje podia olhar o ontem, com revolta e amargura…
e vive com um sorriso nos lábios…doçura, vida.
A varanda que sempre me acompanhou,
 leva-me a pensamentos distantes, do ontem.
Penso na linha amarela, nas vezes que olhei para a dita,
penso como sou ingrata ao voltar sequer considerar lembrar-me dela.
Hoje traço uma linha imaginária,
 propôs-me e é essa linha que vou continuar a desenhar e a delinear.
Vou buscar o som para quebrar o silêncio…
o silêncio que me incomoda, que me mata lentamente,
e mesmo querendo partir, é o ficar que conta, simplesmente porque quero.
Hoje sou dona dos meus passos, do que quero, do que vivo…
O som é transcendental, admito …
 quem estava habituada á “pacatez” de sons vindos do isolamento utópico em que vivi.
Abençoada alma, abençoadas almas…todas o são.
Abençoada eu, que mesmo querendo partir, não me deixo “partir”…
envolve um nó que nego soltar da garganta e transformar em lágrimas.
 É possível que o “saudável” fosse mesmo deixar soltar o que vai na alma,
o que transborda.
Mas não quero, “engulo”, o ódio a dor…forço-me a fazê-lo.
Ainda que seja tão mais fácil odiar, viver em revolta,
estaria a negar a dita Vida …
e eu recuso-me a fazê-lo.
Recuso, mil vezes ser fraca e chorar,
 recuso mil vezes o sentir, recuso o que nego,
o que não sinto, puramente porque me é mais fácil …
 aceitar-me na imperfeição, do ser que sou.

Maria
 

Beijo n´oteudoceolhar.
 
("Martolas", obrigada por quebrares o sossego da tua tarde, e te lembrares de mim.
O texto é para ti, pela tua força, pela tua coragem, pelo ser maravilhoso que és,
pela forma genuina com que vives e encantas...o resto fica para nós
- Lá me fazes Tu vir "colar" a II música...
o Piano diz tanto quanto as palavras.
É a minha "cara"...
You Rule Girl).
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

... Pensamento ...


"Porque será que somos palermas e não acreditamos em nós?"

Pensa ela de sí para sí.
Fixa os olhos nesta frase e pensa.
Porque será?
Porque será que se leva uma vida a acreditar, a dar, a confiar, nos demais
e depois o "nós" fica perdido algures?
A sensação é a do vazio.
Ela pensa.
"Tenho pena destas almas. Seres socialmente capazes/incapazes,
que respiram, vivem a insegurança, a incerteza...
sonham marcar e fazer a diferença pelo mal que causam.
A  incapacidade de comunicar de exteriorizar sentimentos,
de sorrir, de viver, de deixarem viver.
Uns incapacitados, castradores que vivem na penumbra,
e levam os outros ao mesmo...pobres.
Ela pensa de sí para sí.
Ela.
"Pena? Deles tenho são uns "sós",
 são aqueles que permaneceram sós,
na solidão, mesmo que acompanhados...
vão olhar o finito dessa mesma forma.
Sós frustrados sem o assumirem, uns incapazes.
Ela olha-se e vê-se de sí para sí.
"Não sinto pena, apenas deixei "usarem-me"
sem nunca pedir nada em troca.
Dei sem pensar, dei de consciência
 e inconsciente de tudo aquilo que iria sobrar para mim...
Pena não sinto...o Sol brilha sobre a minha cabeça,
as minhas assas voltaram a voar porque...
Eu sou bem mais capaz do que os incapazes...
Todos eles um a um.
Sou bem mais capaz do que todos eles.
Tenho a juventude, tenho o sorriso,
e sim tenho assumidamente
 um coração bem maior do que eu.
E sim puderá ser sempre mais fácil
voltarem ou tentarem deitar-me abaixo...
Tentem...Tentem e voltem a tentar.
Pode ser que vejam o que nunca viram
e sintam o que nunca sentiram.
Eu hoje sou diferente do ontem,
porque para mim vai sempre haver AMANHÃ...
Porque para mim os anos vão correr e decorrer de forma bem mais lenta.
O meu caminho é longo e a firmeza dos passos é outra.
E eles de tão sós vão definhar um a um,
na sua maldade, na sua idade...que definhem.
Porque a grandeza, a minha a interior, aquela que não vão querer ver,
ou tentar rever, vai lamentavelmente colocar de lado a grandeza,
do coração e rejubilar pelo seu fim ... sós.
O que deixaram...?
Socialmente em cada um daqueles que passaram pelas suas vidas,
Marcas.
Marcas...as minhas serão atenuadas,
e com o tempo que tudo cura e tudo apaga serão um nada.
E eu vou ser capaz de olhar para mim e acreditar que sim,
 que consegui voar sem que me cortassem os horizontes.
Ela pensa, ela escreve o que sente ...
e se não acreditasse também não o iria traduzir por palavras,
palavras que nunca serão levadas pelo vento,
porque irão sempre ser lidas e relidas para não cairem no esquecimento.
Ela olha e ela pensa.



Maria

(17-07-2011 - Obrigada pelo "mote", para que este texto ganhasse vida...
"Porque será que somos palermas e não acreditamos em nós?")

Beijo n´oteudoceolhar

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

... A despedida ...




Não bato com a porta, não é necessário.
Tapo as mobílias, lençóis brancos que se estendem.
Lençóis brancos onde está escrito que volto.
Olho ao meu redor, e vejo…
Está tudo no sítio, está tudo guardado.
O farol, e banquinho, as memórias…e o meu Mar.
Levo-o com a certeza de que volto.
Ele sabe, eu sei …
Fecho os olhos, e retorno a ver tudo…
O Cheiro da maresia confunde-se, e perde-se em mim.
Sinto saudades, já sinto saudades do dia em que voltarei.
Eu sinto, mas não vale a pena sentir, porque eu volto…
Tenho a certeza que volto.
Fecho a porta, perante o olhar do por do sol,
Bem longe na Tua imensidão, que olho e torno a olhar.
Levo-te comigo, a cada passo que dou,
Levo-te sempre.
Tem sido sempre assim.
Porta fechada, e o caminho é o de casa.
Aquela que fica no mundo dos outros,
Aquela que me abriga, hoje, para poder amanhã voltar…
Nunca, nunca deixarei o lugar de onde parti, e aonde voltarei,
Aqui eu sei, que estou em casa.
Aqui eu sei, que sempre e para todo o sempre voltarei.

Maria

Beijo n´oteudoceolhar

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

... Maria "Jonhy", pós Jovi ...



(Concelho? Colocar algodão nos primeiros, digamos segundos, minutos, da música).

Maria hoje deu uma de “Jonhy”.
Maria explica.
Maria shirt, preta…a bela da calcinha de ganga, e botinhas de montanha, com os clássicos “aviator” (falsos como convém). Música, B.I, carteira o mais discreta possível, e o mais “levezinha” possível.
Primeira paragem, trabalho…antes do grande acontecimento nada como trabalhar um pouco (ainda por cima em dia de Missa…Domingo), a chefe merece…é pena é chegar ao trabalho e não conseguir fazer nada em proll da chefe.
Paciência, quando voltar ao “activo” o castigo da chefe é a triplicar.
Próxima paragem, Estação do Oriente, local combinado para o que vem a seguir.
Big Brother Jonh e família ofereceram a Maria um bilhete para um concerto que apenas seria mais um e serviria para recordar, o tempo do secundário…Bon Jovi.
Metam 4 putos de 20 anos em cima de um palco e … pronto com o devido respeito aos “jovens” que por aqui passam … mas.
É que eu nem digo que não hajam por aí umas “alminhas” jovens alucinadas cheias de “Power”, mas … É que é só mesmo vendo e sentindo.
Aqueles “rapazinhos” que já passam da ternura dos quarenta subiram ao palco e foi pura da LOUCURA.
Fã?
Ok! Andei um pouco assim digamos que a dormir e afastada de algumas das raízes do “ontem”, mas eu que sou uma “pita” a tentar ascender á categoria de “cota”, ouço um pouco de tudo, mas das memórias do secundário, estas almas que fazem parte dos “Golden years”, sweet 80´s …
E ARRAZARAM.
Toda a produção, toda a logística, um palco absolutamente fenomenal (ou não fosse Maria uma fã destas coisas), a multidão ao rubro …lindo, lindo.
Brother Jonh descer dos 47 e assobiar (what??), além de gestos menos próprios para a idade (sorry, vontade de roubar a expressão P.Q.P … ops!). Vai de casaco de pele, e sapatinho á beto e depois, dá-lhe com fé…é que mai nada, é para sentir o momento é a loucura…mai nada.
(o português suave hoje não está de feição as minhas desculpas).
Palavras, acho que o vento que se fez sentir ontem levo-as mesmo, ou então um dos inúmeros aviões que passaram por cima … enfim, é mesmo de alucinar, especialmente quem gosta deste tipo de emoções.
Jonh Jovi, e o Richie Sambora um pouco puxados (plásticas entenda-se), mas o Jonh Jovi de uma simpatia e cumplicidade com o público em grande, o Richie no seu jeito “sou bué da bom”, e não é mesmo?
Bem o “menino” toca mas toca … ainda me converto ao “catolicismo”, guitarra versus viola (já faltou foi mais).
Mas em alta … os 58 anitos do baterista.
Luvas pretas, pastilha elástica (what??), bem ko! Só digo...ko! Visual, e no geral auditivo (claro).
Óh! Catano do homem que speed…Terá tomado algum (ops!).
Chega … foi mesmo excelente sem direito a quaisquer tipo de reclamação.
Concertos, adoro, sentir o calor da multidão as palmas, a cumplicidade entre o artista/as e o publico, e … para meu mal, dar uma de “cantora”, e dar uns valentes gritos...menos próprios, mas lamento há momentos que não se repetem, e nos concertos Maria é mesmo assim, ainda para mais este tipo de bandas, só com muita sorte se volta a ver.
Não me parece que seja o caso…
AMEI!
Além de que não fui sozinha, só para variar.
Desta vez fui acompanhada e bem, o brother e o sobrinho, que só assim para ajudar á “festa”, valeu logo pela chegada “é tia tás bué da magra, dava-te 29 a 31 anos” …
“Pronto a tia confessa ainda esteve para ir de vestido preto, mas ainda tirava o “brilho” aos rapazes…not!”
Maria está a brincar… ai valha-me a Virgem, estes putos deixam-me doida.
Para ajudar, á saída ainda me diz “vês tia quando eu era pequenino eras tu que me davas a mão agora sou eu” (esta parte já me soa a “deixa cá dar uma mãozinha a cota da tia”).
Mas a tia alinha em tudo, só tem de…
Há coisas que são para sempre e Tia destas jóias serei “Alway´s”.
Bem…não se deve, não se pode, mas só sei que deixo a “maquina” sempre a dormir, e chego aos concertos está tudo de maquinas em punho…áh! mas minha maquina fica tão linda a dormir, quando são estas coisas. A mãe natal está de férias e nestas confusões nunca se sabe…como tal salva a festa mais uma vez o sobrinho, e sai a câmara de filmar. Boa!
Começa a filmar e treme mais que a minha habitual gelatina do almoço.
Em teste … um dois, um dois, passa a câmara para a tia “fogo tia não tremes nada”.
Isso habituem-me ao mimo e depois vai-se o verão e fico “apeada”, eu lhes digo…
Ai “Alway´s”, se não fosse a doida do lado a gritar e cantar (ou berrar, depende do ouvido de cada um), e até se tinha ouvido alguma coisa…ouviu-se tudo em replay ainda por cima.
Sim onde é que eu já ouvi esta música?
Fica então uma pequena amostra do que foi…

Maria
Beijo n´oteudoceolhar

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

... Mar, o meu Mar ...


A ansiedade invade-me a alma.
Neste momento preciso de Ti, como a rosa precisa de uma gota de água…
Como quem precisa de um sopro de vida,
a vida que sinto sempre que defronte a Ti me vejo.
Ansiedade, que se quebra, pela vontade das gentes em deambular,
por aqui e por ali, e eu só Te quero a Ti,
 ”jogo-me” ao caminho.
De tão perto parece que falta uma eternidade…
O ar que se respira, nem sei que nome lhe dar além de ar…
Estou em casa, na minha, no meu mundo…
Tudo está como quando deixei a casa da ultima vez.
O meu banquinho, o meu farol e Tu.
- senti a tua falta, tanto mas tanto.
- eu estou aqui, eu estou sempre aqui.
-eu sei, eu sei que estás.
Sei que não me faltas, sei que estás sempre aqui.
-porque demoras-te?
-porque não consegui vir antes, sabes que viria.
-fala comigo…
-que queres saber?
Nem sinto vontade de falar, apenas olhar-te, sentir-te.
Fazes-me tanta falta.
-sabes que te ouço, diz-me que se passa?
-que dizer? Tanto passou-se tanto, e para que dizer-te quando
 Tu de mim tudo sabes.
Não quero, não faz sentido nem tão pouco vale a pena.
Precisava respirar-te, a Tua imensidão faz-me voar no hoje,
no amanhã e no agora…dás-me tanta paz.
- eu sei, eu sei que dou. Pensas que não sei?
Não és a única que o sente, imagina esse banco…imagina.
Pensa.
Quantas almas se sentam aí?
Imagina, quantas, todos os dias acalento e alimento.
Mas estou aqui e quando precisas,
quando corres para os meus braços, eu estou aqui.
-eu eu corro…
As gentes surgem do nada, e eu apenas vou a tempo de dizer “venho já…”
Sem quaisquer planos, de me jogar a Ti, é em Ti que me quero jogar.
Gelo que quebra, que quase corta,
de tanto prazer que me dá, confunde-se no misto que me envolve,
que te toma que me doma…
De novo juntos, em plena comunhão, Eu e Tu…
O gelo não existe, porque não faz sentido,
o Teu sabor mantêm-se inalterável, e sabes-me tão bem…
Sabor que conheço de cor, o corpo salgado, sabor de eterno pecado,
de mim em Ti…que acalentes as almas, todas quanto quiseres,
eu sei que vais estar sempre aqui para mim…
e quando isso acontece, somos apenas Tu e eu e nada nos move,
de sermos um.
-Diz-me…
-que queres que te diga?
-Não digas…eu sei.
Abraço-te, num mergulho de perder o fôlego, vida, dás-me vida…
O mundo perde-se quando me perco em Ti…
o mundo que fique onde está.
Eu fico aqui…
-deixa-me ficar.
-não podes.
-mas quero, deixa-me ficar de uma vez.
-não deixo, não faz sentido ser assim, o teu hoje não é aqui nem agora.
-mas aqui estou em casa.
-não aqui alimentas-te e voltas a casa.
-deixa.
-não. Voltas sempre que tiveres que voltar.
Mas eu sei e tu sabes, a vida começou agora, não acabou…
Agora é que ela começou … vai vivê-la, sem medo…vai, e volta, estarei aqui sempre que precisares, sempre que me quiseres ver, basta fechares os olhos ou simplesmente vem…
Amar-te-ei sempre, estarei aqui sempre para ti.
Para te Amar, eu que sou o teu Mar.
E eu vou porque Tu sabes, e sim eu sei, a vida agora começou…
E sim ainda que em plena comunhão, faço falta, faço muita falta,
E não é nem no aqui nem no agora, ainda que aqui esteja em casa,
não é agora que tenho de ficar aqui.
Tu sabes eu vou, mas eu volto, para te amar meu Mar.
Sempre.

Maria

Beijo n´oteudocelhar

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

... Tears From The Sky ...




Tears are falling from the sky...
I wish they were mine.
They are not...
I wish they were mine.
But I can no longer cry!
Perhaps tomorrow, not today...
I just can´t...
I ask myself why...
why?
why can´t I no longer cry, like I used to do?
Why, can´t I ?
It was so much easier.
Tears are falling from the sky ...
They are not mine...
Because I can no longer cry.
I feel so cold inside,
My soul, my body … myself.
I just wish ... please God, let me cry...
Let me fall on my knees,
Let all the hate, leave the body, the soul...
Let me live in peace with myself.
Please God, let the tears from the sky be mine...
It´s so much easier ...
Tears are falling from the sky...
And I can only wish they were mine.

Maria

Beijo n´oteudoceolhar


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

... Just breathe ...



Breathe...
Close your eyes and,
breathe...
Can you feel the wind blow?
Breathe...
Close your eyes and,
breathe...
Can you hear the voice of the wind?
Is this the way?
Show me the way...
I will show you your´s,
you will show me mine...
Breathe...
Close your eyes and feel.
I believe you can...
I´m sure you can...
Just close your eyes and,
breathe...
Inside me, in me...
Like i breathe,
In you, inside you.
Close your eyes and just,
breathe...


Maria

Beijo n´oteudoceolhar.
(Ontem eu fui o mar, hoje voas sobre o mar...)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

... Acordar para a Vida ...



Fecho os olhos, sento-me no meu banco.
Fico imóvel, deixando que o Eu fique de igual forma como o cabelo…
Perfeito desalinho.
Fico e deixo-me fica.
Chamas por mim, clamas por mim.
E eu ouço o apelo, aquele que te faço e aquele que desejo, aquele que nunca me concedes.
Fecho os olhos…
Levanto-me desço as escadas que a ti me conduzem.
As rochas, dão-me a sensação que perderam a inclinação, e que se tornam numa passadeira de fácil acesso a Ti.
E de olhos fechados caminho.
A descida é fácil, ou pelo menos parece…
Sinto um rasgo na perna, e de olhos fechados olho, a água tingir-se de um vermelho, paixão.
Sinto uma dor aguda, lancinante…mantenho-me imóvel, sinto o quente do sangue misturar-se com o frio da água.
Aquele frio que se entranha, nas entranhas do meu ser, quando a Ti me dirijo.
Os pés já molhados, a água até aos joelhos, que parecem querer fraquejar…
Mas de olhos continuo a descida, de mim para Ti.
-tinha de ser assim?
-não era assim que querias?
-queria vir a Ti, chegar a Ti e em Ti me perder.
-se querias, chegou a hora.
Embatem as ondas, embate o corpo, as mãos perdem-se mas não perco o equilíbrio…
E mais um golpe, o sabor que quase chega á boca do vermelho que torna a tingir a água.
-porque doi? pensei que era mais fácil.
-se fosse assim tão fácil, valeria a pena? Se fosse fácil se não doesse, já te teria levado há mais tempo.
Não fui eu que quis, foste tu que pediste, e de tanto pedires, hoje concedo-te o desejo, hoje serás mais do que ontem minha.
-tens razão, eu pedi, e pedi mais do que uma vez, leva-me. Eu e Tu, por fim, no fim Nós.
Mais um embate, mais um rasgo que rasga o interior, a dor, na dor.
-ajuda-me, facilita.
-se eu facilita-se era mais fácil não era? Se eu facilita-se um fim seria um fim em glória e em pleno. Era isso que querias não era?
Pensa…se assim fosse que nome teria o fim … Amor? Entrega? Não és tu que me Amas? Não és Tu que te entregas a mim?
Seria fácil, demasiado fácil e tu sabes tão bem quanto eu, que tudo isso é utópico. Por isso doi, por isso magoa, por isso sofres no que vias de tão pleno.
Não o é, nunca foi, nunca será. Eu levo-te como tenho de levar, sem nunca te deixar de amar. Não sou eu o teu Mar?
De olhos fechados me mantenho, na dor que outrora foi, plena de luz.
Por isso doi, por isso magoa, as estranhas entranhas do meu ser.
Ao fundo me transporta, a respiração, mantém-se não sei bem até onde.
De olhos fechados vejo o resgo de luz, de lá no alto se mantém, levando ao escuro, perdendo a clareza.
De olhos fechados, o ar falta-me, a água invade o interior, perco a noção do que é ter a noção, do que é o ar, aquele que respirava, aquele que se esvai…
Não há mais ar, não há mais como respirar…não há mais volta a dar.
-Eu e Tu.
-Tu e Eu, por fim Nós.
-Deste-me a vida e hoje levas-me…
-Fui eu que pedi? Fui eu que vim até mim?
Tu pediste eu, disse-te tantas vezes. Tantas mas tantas, para ires e voltares quando de alimento sentisses falta, quando de mim sentisses falta.
Que fizeste tu? Voltas-te alimentaste-te, e não viveste, fingiste e voltaste sempre em busca de alimento, verdade, mas pediste sempre o mesmo.
“leva-me”. Agora levo-te.
-então leva-me acaba de uma vez comigo.
-não eu não acabo contigo de uma vez. Tu acabaste contigo.
Eu sou apenas o meio para atingires um fim…e agora chega a hora em que queres olhar para trás, e meu Amor é tarde.
Esvai-se, sem mais palavras, o sopro da vida que foi vida… sucumbo.
No fim que sempre desejei, Eu e Tu, por fim nós.
Na alegria, na tristeza, na saúde e na doença…Eu e Tu, por fim nós.
...............................

Do Nada os olhos abrem-se, desperto.

Olho a imensidão...estava a "dormir", sonhei um sonho irreal, um sonho impossível de o ser. Porque eu estou a ver o Mar, porque eu olho e vivo o Mar, e foi ali que ela começou ... A vida...e eu não me posso limitar apenas a olhar, porque o vivo, porque o sinto, porque ele me alimenta, dá-me a vida…
Mas sim um dia Eu, Tu seremos apenas nós.

Maria
Beijo n´oteudoceolhar.
(Maria vai ver o Mar. Mas Maria volta, porque tem de voltar...)



terça-feira, 23 de agosto de 2011

... Irmão do meu Irmão, meus Irmãos são ...




Mais uma vez Avenida abaixo.
Há falta de tempo, faz-se exercício desta forma.
Penso no telefonema, que fiz á pouco, sinto um nó na garganta, desde então.
Luto contra a vontade de chorar.
O céu está negro, nuvens e um frio que se faz sentir nos meus ossos.
Eco na mente das frases:
"Tens talento "vai-te" a eles".
"Vê-se que é uma coisa que fazes com muito gosto..."
"...nunca deixes que nenhum homem, te humilhe ou trate mal"
A distância é a de quase um mundo, mas cada vez e de cada vez que recebo um mail do meu irmão, o caminho é um..."fugir" para a casa de banho, para poder chorar.
Eu sei o porquê...
Foram precisos 34 anos, e-mails, palavras, poemas, e fotografias, para eu chegar ao coração do meu irmão mais velho.
Dos meus irmãos ao fim e ao cabo...ao fim e ao cabo ao coração dos dois.
Hoje é a imagem mental que tenho, porque este irmão, vai partir para outro lado do mundo, fazendo da sua luta uma luta que, ajuda. Um irmão, que nunca teve ou tem uma palavra de mal a dizer sobre quem quer que seja, leva a sua vida de luta, leva uma vida "pacífica"...
Ambos sempre que procuravam saber alguma coisa acerca da "miúda", recorriam á mãe Lena.
(Acabei por ficar a detestar a palavra "miúda" por vários motivos este é um deles).
O que mais é senão uma bênção um filho?
Muitos textos, muitos pensamentos, muito pode passar pela cabeça de Maria, mas sem sombra de dúvida
(e repito-me), ter sido mãe foi das melhores coisas que me podiam ter acontecido.
Não faço ideia do que é ter um pai, tendo tido ... não vejo a figura paternal que deveria ver na pessoa.
Olhos estes homens que assumidamente perante "fugas", "desaires", e ausências Amo, e dos quais tenho um imenso orgulho.
...
Imagine-se chorar porque se fala ao telefone com um irmão.
Pelo meio da conversa.
-porreiro, fico muito feliz por ti...
-sabes J. por vezes dá-se um click e temos de arrancar e crescer.
-tem de ser Maria, tens todo o meu apoio.
E curioso é que hoje eu sei que tenho.
Ele nota que aquele típico nó que "tropeça", na garganta de Maria e teima em sair, quando Maria tenta falar.
-J. gostava muito que assinasses o meu livro de honra. Tu foste das primeiras pessoas a apoiar-me.
-e eu assino com muita honra. Força. Em Outubro se vier cá, combinamos e juntamo-nos todos.
Fico de voz embargada tenho culpa?
Sou uma "peste", mas sim, também sou lamechas.
Abençoado filho, que me fez crescer.
Nunca pensei que fosse tão duro, nunca pensei na verdade crescer.
Acho que na verdade não pensei em nada referente a mim durante muito tempo.
Hoje penso, hoje vou á luta, ninguém o pode fazer por mim, assumo o comando de tudo e faço-me à estrada, "vou-me" a eles.
Se custa?
Custa horrores, tenho dias em que os pés mal se querem mexer. Olhar os passos que tenho de dar, com vontade de não o fazer, mas dou…
Mais um café e "olho" o burburinho, e o avião lá bem no alto.
Pelas 22 horas o Irmão parte para o outro lado do mundo e já sinto uma certa ansiedade em pensar no que ele me vai escrever.
Lá está Maria a esconder-se por detrás das palavras.
Certo é que se não fossem elas (além da mudança ao ser mãe), Maria ia continuar pávida e estupidamente por detrás do sol, sem saber o quão quente ele é...e Maria que até adora o sol e a pele dourada que ele lhe dá.
Conquistei-os aos dois e hoje sei que não me olham como miúda, mesmo quando ando feita "palhacita" atrás dos sobrinhos, ou na paródia.
Hoje sou Maria, não sou miúda.
Hoje Eu sou muito Eu.
Custa crescer?
Se custa. Custa estar só, sem ter com quem dividir um espaço?
Não sei nunca o fiz, mas conhecendo-me, posso dizer que custa.
Mas se hoje é assim e eu ainda sou uma "pita", tempo tenho eu de sobra até aos 40, para o tanto que ainda tenho de fazer por mim e pelos meus.



Maria.
(22-08-2011)

A música de hoje foi escolhida, não só porque gosto, mas porque foi um grupoque lá em casa sempre foi familiar,
ou não tivessem tido os meus irmãos  um grupo de rock/baile lá pelos anos 80...os sweet 80´s.
Apenas uma é dedicada, a quem aqui vem por  bem e a conhece de cor – "How I wish You were here".

Beijo n´oteudoceolhar


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

... Quebrar o silêncio ...





O silêncio impera…
Volto à varanda que sempre me acompanha,
nas noites quentes ou nas noites frias.
Apetece-me o frio, apetece-me resistir a tudo e a todos.
Deixà-los e partir, sem rumo sem destino, sair de mim e em mim voltar a entrar.
É-me natural e nada me estranha ser assim.
Aceito-me, aceito este modo de ser.
Cansa-me o espaço…quero o tempo, quero sair, partir…
Ocorre-me, o som.
Penso, no que ganhei, no que perdi, e sei que ganhei mais do que perdi…
E mesmo assim apetece-me partir e simplesmente não voltar.
Vou buscar o som, a oferta feita, a oferta, vinda de alguém
 que vive a vida com um sorriso nos lábios,
que não nega a alegria de  viver em pleno.
Alguém que hoje podia olhar o ontem, com revolta e amargura…
e vive com um sorriso nos lábios…doçura, vida.
A varanda que sempre me acompanhou,
 leva-me a pensamentos distantes, do ontem.
Penso na linha amarela, nas vezes que olhei para a dita,
penso como sou ingrata ao voltar sequer considerar lembrar-me dela.
Hoje traço uma linha imaginária,
 propôs-me e é essa linha que vou continuar a desenhar e a delinear.
Vou buscar o som para quebrar o silêncio…
o silêncio que me incomoda, que me mata lentamente,
e mesmo querendo partir, é o ficar que conta, simplesmente porque quero.
Hoje sou dona dos meus passos, do que quero, do que vivo…
O som é transcendental, admito …
 quem estava habituada á “pacatez” de sons vindos do isolamento utópico em que vivi.
Abençoada alma, abençoadas almas…todas o são.
Abençoada eu, que mesmo querendo partir, não me deixo “partir”…
envolve um nó que nego soltar da garganta e transformar em lágrimas.
 É possível que o “saudável” fosse mesmo deixar soltar o que vai na alma,
o que transborda.
Mas não quero, “engulo”, o ódio a dor…forço-me a fazê-lo.
Ainda que seja tão mais fácil odiar, viver em revolta,
estaria a negar a dita Vida …
e eu recuso-me a fazê-lo.
Recuso, mil vezes ser fraca e chorar,
 recuso mil vezes o sentir, recuso o que nego,
o que não sinto, puramente porque me é mais fácil …
 aceitar-me na imperfeição, do ser que sou.

Maria
 

Beijo n´oteudoceolhar.
 
("Martolas", obrigada por quebrares o sossego da tua tarde, e te lembrares de mim.
O texto é para ti, pela tua força, pela tua coragem, pelo ser maravilhoso que és,
pela forma genuina com que vives e encantas...o resto fica para nós
- Lá me fazes Tu vir "colar" a II música...
o Piano diz tanto quanto as palavras.
É a minha "cara"...
You Rule Girl).
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

... Pensamento ...


"Porque será que somos palermas e não acreditamos em nós?"

Pensa ela de sí para sí.
Fixa os olhos nesta frase e pensa.
Porque será?
Porque será que se leva uma vida a acreditar, a dar, a confiar, nos demais
e depois o "nós" fica perdido algures?
A sensação é a do vazio.
Ela pensa.
"Tenho pena destas almas. Seres socialmente capazes/incapazes,
que respiram, vivem a insegurança, a incerteza...
sonham marcar e fazer a diferença pelo mal que causam.
A  incapacidade de comunicar de exteriorizar sentimentos,
de sorrir, de viver, de deixarem viver.
Uns incapacitados, castradores que vivem na penumbra,
e levam os outros ao mesmo...pobres.
Ela pensa de sí para sí.
Ela.
"Pena? Deles tenho são uns "sós",
 são aqueles que permaneceram sós,
na solidão, mesmo que acompanhados...
vão olhar o finito dessa mesma forma.
Sós frustrados sem o assumirem, uns incapazes.
Ela olha-se e vê-se de sí para sí.
"Não sinto pena, apenas deixei "usarem-me"
sem nunca pedir nada em troca.
Dei sem pensar, dei de consciência
 e inconsciente de tudo aquilo que iria sobrar para mim...
Pena não sinto...o Sol brilha sobre a minha cabeça,
as minhas assas voltaram a voar porque...
Eu sou bem mais capaz do que os incapazes...
Todos eles um a um.
Sou bem mais capaz do que todos eles.
Tenho a juventude, tenho o sorriso,
e sim tenho assumidamente
 um coração bem maior do que eu.
E sim puderá ser sempre mais fácil
voltarem ou tentarem deitar-me abaixo...
Tentem...Tentem e voltem a tentar.
Pode ser que vejam o que nunca viram
e sintam o que nunca sentiram.
Eu hoje sou diferente do ontem,
porque para mim vai sempre haver AMANHÃ...
Porque para mim os anos vão correr e decorrer de forma bem mais lenta.
O meu caminho é longo e a firmeza dos passos é outra.
E eles de tão sós vão definhar um a um,
na sua maldade, na sua idade...que definhem.
Porque a grandeza, a minha a interior, aquela que não vão querer ver,
ou tentar rever, vai lamentavelmente colocar de lado a grandeza,
do coração e rejubilar pelo seu fim ... sós.
O que deixaram...?
Socialmente em cada um daqueles que passaram pelas suas vidas,
Marcas.
Marcas...as minhas serão atenuadas,
e com o tempo que tudo cura e tudo apaga serão um nada.
E eu vou ser capaz de olhar para mim e acreditar que sim,
 que consegui voar sem que me cortassem os horizontes.
Ela pensa, ela escreve o que sente ...
e se não acreditasse também não o iria traduzir por palavras,
palavras que nunca serão levadas pelo vento,
porque irão sempre ser lidas e relidas para não cairem no esquecimento.
Ela olha e ela pensa.



Maria

(17-07-2011 - Obrigada pelo "mote", para que este texto ganhasse vida...
"Porque será que somos palermas e não acreditamos em nós?")

Beijo n´oteudoceolhar

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

... A despedida ...




Não bato com a porta, não é necessário.
Tapo as mobílias, lençóis brancos que se estendem.
Lençóis brancos onde está escrito que volto.
Olho ao meu redor, e vejo…
Está tudo no sítio, está tudo guardado.
O farol, e banquinho, as memórias…e o meu Mar.
Levo-o com a certeza de que volto.
Ele sabe, eu sei …
Fecho os olhos, e retorno a ver tudo…
O Cheiro da maresia confunde-se, e perde-se em mim.
Sinto saudades, já sinto saudades do dia em que voltarei.
Eu sinto, mas não vale a pena sentir, porque eu volto…
Tenho a certeza que volto.
Fecho a porta, perante o olhar do por do sol,
Bem longe na Tua imensidão, que olho e torno a olhar.
Levo-te comigo, a cada passo que dou,
Levo-te sempre.
Tem sido sempre assim.
Porta fechada, e o caminho é o de casa.
Aquela que fica no mundo dos outros,
Aquela que me abriga, hoje, para poder amanhã voltar…
Nunca, nunca deixarei o lugar de onde parti, e aonde voltarei,
Aqui eu sei, que estou em casa.
Aqui eu sei, que sempre e para todo o sempre voltarei.

Maria

Beijo n´oteudoceolhar

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

... Maria "Jonhy", pós Jovi ...



(Concelho? Colocar algodão nos primeiros, digamos segundos, minutos, da música).

Maria hoje deu uma de “Jonhy”.
Maria explica.
Maria shirt, preta…a bela da calcinha de ganga, e botinhas de montanha, com os clássicos “aviator” (falsos como convém). Música, B.I, carteira o mais discreta possível, e o mais “levezinha” possível.
Primeira paragem, trabalho…antes do grande acontecimento nada como trabalhar um pouco (ainda por cima em dia de Missa…Domingo), a chefe merece…é pena é chegar ao trabalho e não conseguir fazer nada em proll da chefe.
Paciência, quando voltar ao “activo” o castigo da chefe é a triplicar.
Próxima paragem, Estação do Oriente, local combinado para o que vem a seguir.
Big Brother Jonh e família ofereceram a Maria um bilhete para um concerto que apenas seria mais um e serviria para recordar, o tempo do secundário…Bon Jovi.
Metam 4 putos de 20 anos em cima de um palco e … pronto com o devido respeito aos “jovens” que por aqui passam … mas.
É que eu nem digo que não hajam por aí umas “alminhas” jovens alucinadas cheias de “Power”, mas … É que é só mesmo vendo e sentindo.
Aqueles “rapazinhos” que já passam da ternura dos quarenta subiram ao palco e foi pura da LOUCURA.
Fã?
Ok! Andei um pouco assim digamos que a dormir e afastada de algumas das raízes do “ontem”, mas eu que sou uma “pita” a tentar ascender á categoria de “cota”, ouço um pouco de tudo, mas das memórias do secundário, estas almas que fazem parte dos “Golden years”, sweet 80´s …
E ARRAZARAM.
Toda a produção, toda a logística, um palco absolutamente fenomenal (ou não fosse Maria uma fã destas coisas), a multidão ao rubro …lindo, lindo.
Brother Jonh descer dos 47 e assobiar (what??), além de gestos menos próprios para a idade (sorry, vontade de roubar a expressão P.Q.P … ops!). Vai de casaco de pele, e sapatinho á beto e depois, dá-lhe com fé…é que mai nada, é para sentir o momento é a loucura…mai nada.
(o português suave hoje não está de feição as minhas desculpas).
Palavras, acho que o vento que se fez sentir ontem levo-as mesmo, ou então um dos inúmeros aviões que passaram por cima … enfim, é mesmo de alucinar, especialmente quem gosta deste tipo de emoções.
Jonh Jovi, e o Richie Sambora um pouco puxados (plásticas entenda-se), mas o Jonh Jovi de uma simpatia e cumplicidade com o público em grande, o Richie no seu jeito “sou bué da bom”, e não é mesmo?
Bem o “menino” toca mas toca … ainda me converto ao “catolicismo”, guitarra versus viola (já faltou foi mais).
Mas em alta … os 58 anitos do baterista.
Luvas pretas, pastilha elástica (what??), bem ko! Só digo...ko! Visual, e no geral auditivo (claro).
Óh! Catano do homem que speed…Terá tomado algum (ops!).
Chega … foi mesmo excelente sem direito a quaisquer tipo de reclamação.
Concertos, adoro, sentir o calor da multidão as palmas, a cumplicidade entre o artista/as e o publico, e … para meu mal, dar uma de “cantora”, e dar uns valentes gritos...menos próprios, mas lamento há momentos que não se repetem, e nos concertos Maria é mesmo assim, ainda para mais este tipo de bandas, só com muita sorte se volta a ver.
Não me parece que seja o caso…
AMEI!
Além de que não fui sozinha, só para variar.
Desta vez fui acompanhada e bem, o brother e o sobrinho, que só assim para ajudar á “festa”, valeu logo pela chegada “é tia tás bué da magra, dava-te 29 a 31 anos” …
“Pronto a tia confessa ainda esteve para ir de vestido preto, mas ainda tirava o “brilho” aos rapazes…not!”
Maria está a brincar… ai valha-me a Virgem, estes putos deixam-me doida.
Para ajudar, á saída ainda me diz “vês tia quando eu era pequenino eras tu que me davas a mão agora sou eu” (esta parte já me soa a “deixa cá dar uma mãozinha a cota da tia”).
Mas a tia alinha em tudo, só tem de…
Há coisas que são para sempre e Tia destas jóias serei “Alway´s”.
Bem…não se deve, não se pode, mas só sei que deixo a “maquina” sempre a dormir, e chego aos concertos está tudo de maquinas em punho…áh! mas minha maquina fica tão linda a dormir, quando são estas coisas. A mãe natal está de férias e nestas confusões nunca se sabe…como tal salva a festa mais uma vez o sobrinho, e sai a câmara de filmar. Boa!
Começa a filmar e treme mais que a minha habitual gelatina do almoço.
Em teste … um dois, um dois, passa a câmara para a tia “fogo tia não tremes nada”.
Isso habituem-me ao mimo e depois vai-se o verão e fico “apeada”, eu lhes digo…
Ai “Alway´s”, se não fosse a doida do lado a gritar e cantar (ou berrar, depende do ouvido de cada um), e até se tinha ouvido alguma coisa…ouviu-se tudo em replay ainda por cima.
Sim onde é que eu já ouvi esta música?
Fica então uma pequena amostra do que foi…

Maria
Beijo n´oteudoceolhar

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

... Mar, o meu Mar ...


A ansiedade invade-me a alma.
Neste momento preciso de Ti, como a rosa precisa de uma gota de água…
Como quem precisa de um sopro de vida,
a vida que sinto sempre que defronte a Ti me vejo.
Ansiedade, que se quebra, pela vontade das gentes em deambular,
por aqui e por ali, e eu só Te quero a Ti,
 ”jogo-me” ao caminho.
De tão perto parece que falta uma eternidade…
O ar que se respira, nem sei que nome lhe dar além de ar…
Estou em casa, na minha, no meu mundo…
Tudo está como quando deixei a casa da ultima vez.
O meu banquinho, o meu farol e Tu.
- senti a tua falta, tanto mas tanto.
- eu estou aqui, eu estou sempre aqui.
-eu sei, eu sei que estás.
Sei que não me faltas, sei que estás sempre aqui.
-porque demoras-te?
-porque não consegui vir antes, sabes que viria.
-fala comigo…
-que queres saber?
Nem sinto vontade de falar, apenas olhar-te, sentir-te.
Fazes-me tanta falta.
-sabes que te ouço, diz-me que se passa?
-que dizer? Tanto passou-se tanto, e para que dizer-te quando
 Tu de mim tudo sabes.
Não quero, não faz sentido nem tão pouco vale a pena.
Precisava respirar-te, a Tua imensidão faz-me voar no hoje,
no amanhã e no agora…dás-me tanta paz.
- eu sei, eu sei que dou. Pensas que não sei?
Não és a única que o sente, imagina esse banco…imagina.
Pensa.
Quantas almas se sentam aí?
Imagina, quantas, todos os dias acalento e alimento.
Mas estou aqui e quando precisas,
quando corres para os meus braços, eu estou aqui.
-eu eu corro…
As gentes surgem do nada, e eu apenas vou a tempo de dizer “venho já…”
Sem quaisquer planos, de me jogar a Ti, é em Ti que me quero jogar.
Gelo que quebra, que quase corta,
de tanto prazer que me dá, confunde-se no misto que me envolve,
que te toma que me doma…
De novo juntos, em plena comunhão, Eu e Tu…
O gelo não existe, porque não faz sentido,
o Teu sabor mantêm-se inalterável, e sabes-me tão bem…
Sabor que conheço de cor, o corpo salgado, sabor de eterno pecado,
de mim em Ti…que acalentes as almas, todas quanto quiseres,
eu sei que vais estar sempre aqui para mim…
e quando isso acontece, somos apenas Tu e eu e nada nos move,
de sermos um.
-Diz-me…
-que queres que te diga?
-Não digas…eu sei.
Abraço-te, num mergulho de perder o fôlego, vida, dás-me vida…
O mundo perde-se quando me perco em Ti…
o mundo que fique onde está.
Eu fico aqui…
-deixa-me ficar.
-não podes.
-mas quero, deixa-me ficar de uma vez.
-não deixo, não faz sentido ser assim, o teu hoje não é aqui nem agora.
-mas aqui estou em casa.
-não aqui alimentas-te e voltas a casa.
-deixa.
-não. Voltas sempre que tiveres que voltar.
Mas eu sei e tu sabes, a vida começou agora, não acabou…
Agora é que ela começou … vai vivê-la, sem medo…vai, e volta, estarei aqui sempre que precisares, sempre que me quiseres ver, basta fechares os olhos ou simplesmente vem…
Amar-te-ei sempre, estarei aqui sempre para ti.
Para te Amar, eu que sou o teu Mar.
E eu vou porque Tu sabes, e sim eu sei, a vida agora começou…
E sim ainda que em plena comunhão, faço falta, faço muita falta,
E não é nem no aqui nem no agora, ainda que aqui esteja em casa,
não é agora que tenho de ficar aqui.
Tu sabes eu vou, mas eu volto, para te amar meu Mar.
Sempre.

Maria

Beijo n´oteudocelhar